domingo, 12 de junho de 2022

# 158 - Construindo hoje o amanhã.Bicibus para as Escolas.

Estão surgindo nas redes sociais várias fotos e vídeos de dezenas de crianças indo pra escola de bicicleta e patinetes, em Barcelona, na Espanha. E não na calçada ou na ciclovia, mas no meio da rua. O sistema foi apelidado de bicibús, ou bike bus, e começou no bairro de Eixample, em Barcelona, ​​em setembro.

As famílias da região estão usando a popularidade crescente do deslocamento de bicicleta para construir uma comunidade – e também lutam por uma maneira mais segura e ecologicamente correta de seus filhos chegarem à escola.“Tudo começou com um grupo de cinco famílias, muita determinação e um profundo senso de bem maior”, disse Mireia Boix, uma mãe que pedala com seu filho de 5 anos.

COMO OPERA O BICIBUS

O bicibús opera da mesma forma que um ônibus escolar, mas com três “paradas” ao longo do caminho, onde mais passageiros se juntam enquanto ele viaja para várias escolas do bairro. Os pais costumam participar, alguns deles carregando filhos menores em suas bicicletas. E veículos policiais começaram a escoltar o grupo, com policiais viajando na frente, atrás e nas laterais do grupo.

As bicicletas são um meio de transporte e se uma criança de 5 anos pode ir de bicicleta para a escola, isso significa que todas as outras podem. Se a população usar suas bicicletas, haverá uma cidade mais saudável, mais silenciosa e melhor para se viver”.

Outros bairros de Barcelona e outras partes da Espanha também têm bicibús semelhantes. A alegria, mesmo apenas de assistir a vídeos nas redes sociais, é contagiante. Os espectadores param e tiram fotos do grupo. Algumas pessoas nas redes sociais comentaram como os bicibús mostram o que significa repensar o espaço público.


 A camaradagem e o companheirismo que surgiram com a organização e a participação nas atrações são emocionantes. “Todos nós nos sentimos emocionados em um dos passeios em algum momento. É um grupo de pessoas convencidas de que as coisas podem ser feitas de forma um pouco diferente”,  “Que não estamos pedindo algo estranho ou impossível.”

PODEMOS FAZER O MESMO POR AQUI

Acredito que sim, que podemos fazer o mesmo aqui em nossa cidade de Pedro Leopoldo, onde temos muitas crianças que já utilizam a bicicleta e devidamente acompanhadas, protegidas pelos adultos e Policia Militar ou Guarda Civil de nossa cidade, poderemos fazer o mesmo, e assim proporcionarmos às mesmas uma atividade saudável e sustentável na ida e volta da escola. Preparando-as para a independência das mesmas.

ALEM DE PEDALAR PODEMOS ORGANIZAR TAMBÉM O ÔNIBUS A PÉ.


Aqueles que não quizerem pegar uma carona no BICIBUS, poderão pegar uma carona no ÔNIBUS A PE´, que funciona do memso jeito, de casa para a escola  e da escola para casa. 

quarta-feira, 1 de junho de 2022

# 157- Mobilidade Urbana para uma Pedro Leopoldo melhor - Capitulo 2


Situação 3

Implantação zona de pedestre (calçadão) no quarteirão entre a rua Comendador Antonio Alves e a rua Cel.Cândido Viana e no quarteirão da rua Juiz Ary Castilho entre a Comendador e a rua Dr. Cristiano Otoni, 

Objetivo: Humanizar mais o centro da cidade, dando-lhe um espaço de convivência e visando aumento nas vendas do comércio local, aumento na qualidade de vida, possibilitando aos pedestres (crianças, idosos e cadeirantes) transitarem sem a presença dos motorizados.

Situação 4

Modificação no fluxo do entorno da Praça Tancredo Neves, a fim de melhorar o trânsito no local, conforme desenho abaixo. 

Obs. para que isto ocorra, há a necessidade de abrir ao trânsito o quarteirão da Rua Antonio Elias entre a as ruas N.Sra. das Graças e Santa Luzia.

Situação 5

Implantação de ciclovias e ou ciclofaixas, nas seguintes vias da cidade, visando dar segurança aos ciclistas e melhorar o tráfego de veículos.

a- Rua Comendador Antonio Alves

b- Rua Coronel Juventino Dias

c- Av. Rômulo Joviano

d- Rua São Paulo.

Implantação de Ciclorotas e zona 30, nas demais vias do centro da cidade. Recuperação da Ciclovia que liga o Bairro Sta Rita ao Distrito de Dr. Lund.

Recuperação da Ciclovia que liga o Centro da cidade ao bairro Adélia Issa.

Implantação de Traffic Calming em diversas vias em substituição aos quebra-molas, os quais impactam negativamente no trafegar com qualidade.

O grupo fica no aguardo de um pronunciamento da administração municipal e está aberto a qualquer discussão sobre o exposto.




sexta-feira, 20 de maio de 2022

#156-Mobilidade Urbana p/ uma Pedro Leopoldo melhor - Capitulo1de2.

 Com a intenção de contribuir com a qualidade de vida dos cidadãos dessa cidada, o Grupo MUS-PL, através se seu representante Paulo Pereira Netto, apresenta à população e aos governantes de PL, algumas sugestões.

Iremos mostrar em duas partes, ações pontuais e de médio prazo que, certamente irão melhorar o fluxo dos veículos motorizados e a mobilidade urbana na área central do município, até que o mesmo faça o seu plano de mobilidade urbana sustentável - PLAMUS

Planejamento e Desenvolvimento Urbano, mudanças de prioridades e construção de ciclovias, significam prestigiar o uso do espaço urbano pelo cidadão, dando melhores condições para que este aproveite melhor a cidade. É necessário também regular e compatibilizar o uso simultâneo das vias pelos carros e pelas bicicletas, que são uma tradição de nossa cidade, e na verdade, têm sido prestigiadas em grande número de cidades em todo mundo.

Justificativa ao uso destas medidas

Pedro Leopoldo, tem buscado um caminho errôneo ao adotar uma cultura do automóvel que subordina todas as outras formas de deslocamento, colocando sempre a prioridade de pedestre, ciclista e transporte público como secundárias e marginais, indo assim na contra-mão da lei de mobilidade urbana, 12.587/12. E se assim continuarmos, em breve estaremos diante de uma situação caótica em nossa cidade. Portanto, urge que tomemos medidas que julgamos necessárias.  E aqui colocamos as mesmas para conhecimento e apreciação da população e dos governantes.

Melhoria do Fluxo dos motorizados

Com consequente redução no tempo parado nos semáforos. Detectamos algumas situações que ao nosso ver necessitam ser alteradas na área central, são elas:

Situação 1

Entrada e saída da cidade pela região norte, utilizando-se as ruas laterais e a rua São Paulo.

a- Com o desenho atual de fluxo das vias no entorno da rua São Paulo e Rua Lateral, temos diáriamente retenção de tráfego no cruzamento destas ruas, provocando engarrafamentos com alto risco de acidente.

O grupo sugere  as seguintes alterações de fluxo para a solução do problema, conforme foto a seguir.

Situaçao 2

Conforme  desenho abaixo, a mesma engloba as seguintes alterações de fluxo:

Ganhos advindo destas alterações:

Com a alteração, elimina-se um tempo de semáforo no cruzamento da Herbster com a Dr. Rocha. Elimina-se também a obrigatoriedade  dos veículos que se dirigem ao centro da cidade ou que desejam sair da cidade, vindos da Magalhães, de se dirigirem até a Romero de Carvalho. Havendo assim a possibilidade da eliminação dos semáforos da rua Romero de Carvalho e José Viana Sobrinho com a Comendador Antonio Alves.

Como o fluxo maior é o sentido Herbster > Vila Magalhães, (contornando-se a praça Getúlio Vargas), o semáforo correspondente, ficará mais tempo aberto no sentido da direita(Magalhães). 

No próximo post, a continuação com o capitulo 2.



quarta-feira, 16 de março de 2022

#155 Para quem são as nossas ruas?

As diretrizes contidas na  lei de Mobilidade Urbana, 12.857/12, colocam as pessoas andando e rodando no topo de uma nova hierarquia de usuários, tornando nossas ruas mais seguras para todos.

Imagine acordar e tropeçar em seu bairro com novos olhos, como se fosse a primeira vez que você o estivesse vendo.



Você caminha pelas calçadas, esquivando-se das placas de rua, lixeiras, buracos, degraus e estacionamento na calçada e absorve o mundo ao seu redor. Esperando por um homem verde para deixá-lo atravessar um cruzamento movimentado - você ouve motores, buzinas e  respira profundamente, o cheiro do escapamento saindo dos canos de descargas dos motorizados, passando ao seu lado.


Se alguém chegasse até você neste momento e lhe perguntasse: “para quem são essas ruas?” -  você seria perdoado por ter certeza da resposta: carros.


Em muitos bairros e cidades brasileiras, nossas ruas se tornaram dominadas por carros. Nossa infraestrutura foi projetada em torno de veículos em movimento da forma mais rápida e eficiente possível, em detrimento de todos os outros.


Tomemos o estacionamento na calçada, por exemplo. Aqueles que estacionam seus carros em calçadas não o fazem porque é um local privilegiado. Eles fazem isso porque estão tentando ser úteis. Com suas mentes focadas nos motoristas tentando navegar em ruas estreitas que nunca foram projetadas para lidar com um tráfego tão pesado, eles fazem o possível para se manterem fora do caminho – para ocupar menos espaço. Mas ao ver a rua como a terra do carro, eles involuntariamente a estragam para todos os outros usuários - como a jovem mãe  empurrando um carrinho de bebê ou o usuário de cadeira de rodas, ou pessoas com dificuldades de locomoção - que dependem do mesmo pavimento para se locomover.


Ao priorizar os carros, despriorizamos todas as outras pessoas que têm interesse em nossas ruas.

Mas não precisa ser assim.

A mudança começa com uma simples pergunta: para quem devem ser nossas ruas? 

A resposta é óbvia: as ruas são para as pessoas.


Nossas ruas são para o homem em sua cadeira de rodas indo para o ponto de ônibus, são para crianças caminhando para a escola,  são  enfim para a jovem mãe que está a passear ou a transportar seu filho pequeno em um carrinho. Sim, nossas ruas são para pessoas que dirigem também. Mas eles são apenas um dos muitos usuários  que merecem o uso seguro e alegre de nossas ruas.

Assim que começamos a ver nossas ruas com outros olhos, nossa imaginação corre solta com as possibilidades desses lugares, e as mudanças necessárias são óbvias.


Precisamos de pavimentos mais largos para quem os usa para se movimentar, conhecer e brincar. Precisamos nos livrar da desordem das ruas, das calçadas, nos livrar dela completamente. Precisamos de menos tráfego e precisamos diminuir a velocidade, para que as ruas sejam seguras para todos.


Em muitos outros  países, as autoridades  estão vendo a necessidade de transformar suas ruas e, melhor ainda, estão fazendo isso. De bairros de baixo tráfego, ruas escolares e centros urbanos para pedestres - muitas de suas ruas não são mais apenas para carros. São para todos.


E enquanto ainda temos um longo caminho a percorrer, o caminho a seguir é claro. Vamos caminhar juntos e sempre alertar e mostrar às pessoas que o século XXI trouxe muitas mudanças e uma Cidade para as Pessoas é a mais importante delas.


Artigo original de Sarah Berry, administradora de Living Streets  a quem peço permissão para adaptá-lo  às condições das cidades brasileiras na tentativa de mudar  o entendimento  sobre para quem são nossas ruas. E assim  poder levar mudanças ambiciosas e necessárias em nossas cidades, vilas e vilarejos.

sábado, 12 de março de 2022

# 154 - Da forma como nos deslocamos na cidade


Há dias, na televisão pública, o Vereador da Mobilidade e Urbanismo de Gent – Bélgica, dizia que foi ameaçado de morte e teve que ter escolta policial quando, em 2017, implementou o plano de tráfego automóvel que proíbe que os carros consigam ir de uma ponta à outra da cidade em linha reta.

Imagine que agora ir de carro do Bairro S.José  ao Final da  Comendador Antonio Alves, obrigava a uma deslocação maior, não sendo permitido fazê-lo em linha reta, mas se se fosse a pé, de bicicleta ou de transporte público se conseguia ir em linha reta..

Os processos de mudança causam sempre desconforto, demora tempo até se criarem novas rotinas, novas dinâmicas, e é habitual que nesse processo o ser humano fique “irrequieto”, chateado e reclame, sendo que alguns ultrapassam até limites aceitáveis de reclamações. No final do processo o objetivo é alcançado e a população acaba por ficar agradada com as novas dinâmicas.

Qualquer cidade que tenha passado pelo processo de mudança do espaço público teve situações semelhantes. 

O espaço exageradamente dedicado ao automóvel leva também a um outro fenómeno, já demonstrado em diversas cidades. As pessoas sentem-se compelidas e obrigadas a andar de carro incutindo-lhes o medo de ir a pé ou de bicicleta.

As pessoas têm até medo de deixar os filhos serem autônomos, nas suas deslocações, ao ponto de os irem levar e buscar à 300m  de distância de  ou para onde se dirigem. 

Ao analisarmos as matrizes origem-destino vemos que 79% das deslocações de carro são urbanas, e em distâncias inferiores a 3 km. Porquê? Porque não temos infraestruturais criadas para potenciar a deslocação a pé ou de bicicleta de forma a garantir que essa deslocação vai ser pacífica, e não vai ser estressante ou perigosa, nem para garantirmos uma deslocação rápida e cadenciada do transporte público.

O fato de estarmos numa cidade já consolidada não é um problema para a reorganização do espaço público. Esta reorganização pode ser feita de forma a serem as pessoas a escolher o seu modo de deslocação, sem terem medo. Não é preciso uma cidade desenhada a partir de uma folha em branco para se fazerem alterações comportamentais nas formas de deslocação.

O século dos túneis, dos viadutos, das variantes acabou. A sociedade quer soluções de transporte público, quer poder usar a bicicleta e andar a pé na cidade.

Qualquer político com visão de futuro, com o olhar no século XXI, aposta nestas três frentes e desiste de apostas no automóvel.