Atualmente, uma das questões que mais preocupam especialistas e governos é o tráfego e o aumento da motorização da população urbana. Suas consequências para a sociedade, a saúde humana e o meio ambiente ocorrem não só em níveis locais,mas também regionais e globais.
Enquanto construirmos cidades para mover carros em vez de
pessoas, haverá desigualdade e dificuldade de acesso. Com milhões de cidadãos
desperdiçando várias horas por dia no transporte público deficiente é impossível
para as cidades desenvolvidas realizar o seu potencial econômico, até que
consigamos construir cidades para que
todos os cidadãos possam andar de bicicleta, caminhar ou andar de ônibus com
facilidade.
Entretanto, o que vemos no Brasil é o constante incentivo do governo federal, estadual e municipal à implementação da indústria automobilística no país, bem como das instituições financeiras, que cada vez mais facilitam a aquisição de um veículo motorizado, com a concessão de crédito a taxas de juros cada vez menores, para as classes populares.
A poluição sonora e do ar, por emissão de gases e ruídos, compromete a qualidade de vida das pessoas que se deslocam no meio urbano. O tráfego intenso de veículos motorizados, além do prejuízo dos congestionamentos, pode causar males físicos e psicológicos em motoristas e passageiros, sem contar o número de acidentes que vitimam milhares de pessoas todos os dias.
De acordo com dados do Denatran, a frota de veículos em Pedro Leopoldo, para o mês de julho do ano de 2013, era de 26.202 veículos, o que seria o equivalente a um auto veículo a cada 2,3 habitantes .
De acordo com os princípios que norteiam a mobilidade urbana Sustentável as cidades devem estimular, em ordem de prioridade, a seguinte sequência de circulação: pedestres, propulsão humana(bicicleta, patins, patinete, skate), transportes coletivos, caronas e, por último, o uso de veículos particulares.
O uso da bicicleta, além de aumentar o contato com o meio que nos rodeia, com a paisagem observada, assume outra dimensão, proporcionando, inclusive, maior integração social. Andar de bicicleta pode também ser um estimulo a atingir objetivos, a superar obstáculos. Um percurso mais longo, uma trilha ou uma ladeira, trajetos muito esburacados, tudo isso nos incentiva a reconhecer e ultrapassar limites. (A bicicleta ajudando no psicológico do usuário).
Para chegar a compreensão e aceitação da bicicleta como meio de transporte, é preciso que a sociedade passe por uma revisão profunda de valores. Com a bicicleta, talvez aprendamos a fazer tudo que já fazemos, com mais calma e com mais solidariedade com o espaço que o outro ocupa.
Permitir-se entrar em contato com outras pessoas, promove a riqueza dos vínculos sociais, dos quais nós, seres humanos, dependemos profundamente.
O Programa Brasileiro de Mobilidade por Bicicleta tem por objetivo estimular os governos Municipais, Estaduais e do Distrito Federal a desenvolver e aperfeiçoar ações que favoreçam o uso mais seguro da bicicleta como meio de transporte, pela construção de ciclovias e ciclofaixas, e da inclusão do conceito de vias cicláveis, que consistem em vias de tráfego compartilhado adaptadas ao uso seguro da bicicleta.
A inclusão da bicicleta como modalidade de transporte regular no conceito de Mobilidade Urbana Sustentável, além de representar redução de custos para o cidadão, torna a cidade mais próxima do conceito de Cidade Sustentável.
Portanto uma cidade sustentável deve ser organizada de modo a proporcionar a todos os seus cidadãos satisfação de suas necessidades, visando a busca de seu bem estar, sem prejudicar o meio natural e sem colocar em risco a vida de outras pessoas.
Infelizmente, os investimentos na infraestrutura de trânsito e transporte nas cidades ainda privilegiam os veículos motorizados, e são empregados na construção de mais ruas, avenidas, estacionamentos etc, com destruição de parques, praças, áreas verdes, para que o desenho das cidades passe a ser em função da melhor utilização dos veículos motorizados e não em favor das pessoas que lá vivem..
Temos que estimular o diálogo, quanto ao uso de alternativas para a melhoria da mobilidade urbana sustentável de nossa cidade onde a prioridade deverá ser para as pessoas e como já dito anteriormente, para o transporte público e para os não poluentes.
Grato a todos mais uma vez pela paciência em ler os posts.
Gratíssimo a ti Pai, por mais uma ideia.
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