Ainda mais com a verticalização que estamos presenciando em PL, e o crescimento de investimentos no vetor norte próximo a nossa cidade, nos arredores mesmo... o que isto irá trazer junto? Mais automóveis, é claro. Então não tenho resposta para a pergunta do título acima, tenho sugestões que acredito possam diminuir o numero de carros em transito o que equivale a um "aumento" do espaço urbano.
Um bom exemplo disto, pesencio e convivo todo ano ao visitar a pequena cidade Alemã de Erlangen ( 98.000 habitantes) onde minha filha vive há 6 anos. Lá, os alemãs conseguiram resolver os problemas de trânsito construindo uma malha cicloviária de altíssima qualidade por toda cidade. Uma enorme quantidade de pessoas circulam de bicicletas para todos os fins e principalmente para o trabalho. É uma delícia pedalar por lá. Lhe dá uma segurança e tranquilidade, onde todos respeitam as leis de trânsito e sinalizam quando mudam de direção.
De bike até o shopping center da cidade |
De bike até a estação trem p/ compra ticket |
Na feira de verduras, frutas e legumes |
À espera trem para ir de bike à outra cidade |
Bikes estacionadas estação trem |
Outro estacionamento estação trem |
Cruzamento com bike box |
Trabalhadores indo trabalhar |
Via compartilhada de 30km/h |
Agora um texto para comprovar o que postei em edições anteriores. A solução que cidades com visão de futuro encontraram para "aumentar o espaço" para um número cada vez maior de veículos em circulação.
Estacionamento na Siemens setor de desenvolvimento de projetos.
Solução em duas rodas.- (artigo publicado na super interessante Dez/12)
Onipresentes no norte da Europa, elas já começaram a mudar hábitos nas capitais brasileiras. Entenda a revolução das bicicletas.
As bicicletas representam uma revolução no jeito de andar pela cidade. Elas solucionaram o trânsito diário de metrópoles dos quatro cantos do planeta. E não estamos falando de passeios no parque.
Na Holanda, 45% dos trabalhadores usam este meio para ir trabalhar. O mesmo vale para as crianças na hora de ir para a escola: metade vai pedalando. Em Copenhagen, na Dinamarca, é a mesma coisa bem como em diversas cidades da Alemanha.
Mas como estes lugares conseguiram pedalar tão longe? Primeiro, eles contam com políticas públicas que incentivam o uso das bicicletas. Os ciclistas de Paris, por exemplo, têm à disposição uma frota de 20 mil bicicletas espalhadas em 1,8 mil pontos de aluguel pela cidade - daqueles em que você pega a bicicleta num ponto e pode devolvê-la em qualquer outro. A cada 300 metros os parisienses encontram uma central dessas.
Chamado de Vélibi, o projeto que disponibiliza as magrelas começou em 2007. Desde então, foram 131 milhões de viagens, e o número de ciclistas aumentou 41%. Hoje, o programa serve como exemplo para outras cidades e afirmo de forma clara: coloque as bicicletas à disposição do público, e construa infraestrutura adequada e as pessoas começam a usá-las.
Existe ainda outro ponto importante nesta mudança de comportamento. Não basta o meio de transporte, os ciclistas precisam de lugares para pedalar.
Novamente os europeus são especialistas no assunto. Amsterdã conta com 400 km de ciclovias. No Brasil, o cenário ainda está longe de ser perfeito. Parece que estamos perto do ideal quando vemos que o Rio de Janeiro tem 290 km de ciclovias. Mas os números enganam: a capital carioca é enorme, tem 1 260 km2, enquanto a pequena cidade da Holanda mede 166 km2. Ainda falta muito. Mas já demos as primeiras pedaladas.
Há três anos, São Paulo contava com apenas 5 km de ciclofaixas. Os caminhos fizeram sucesso, chegando a atrair 100 mil pessoas aos domingos ( um número marcante para uma capital viciada em carros). E hoje os pedaços de chão reservado às bicicletas alcançam 108 km. Apesar de ainda não serem usadas no dia a dia (elas abrem apenas aos domingos e feriados), as ciclofaixas realizam uma missão importante: acostumam os paulistanos a pedalar, a conviver com o espaço dos ciclistas e a respeitarem as leis de transito devido a fiscalização e orientação de agentes de trânsito treinados.
Ainda temos de pedalar muito para alcançar os europeus. Mas, com iniciativas como a ciclofaixa, o caminho para uma cidade de ciclistas parece estar mais curto.E nós Pedro Leopoldenses que moramos numa cidade pequena, onde a região central tem uma via principal que mede somente 2 km e vias transversais a esta que medem no máximo 900 m, toda plana, perfeitamente ciclável e sem condição segura de deslocarmos usando a bicicleta, tendo que disputar um lugar na via com os veículos motorizados, muito mais pesados e velozes?
Não é uma enorme frustração e um grande risco de acidente?
Sugiro que comecemos igual a São Paulo com ciclofaixas móveis aos sábados à tarde, aos domingos pela manhã e nos feriados nacionais pela manhã para irmos educando os ciclistas, pedestres e motoristas a uma convivência pacífica, cada um respeitando o espaço do outro e todos se educando quanto ao respeito pelas leis do trânsito. Que tal?
Uma certeza eu tenho, é a de que se conseguirmos daqui a algum tempo com o uso destas ciclofaixas operacionais, melhorar a educação dos que transitam em Pedro Leopoldo fazendo com que respeitem mais as leis de trânsito e conseguir dos poderes legislativo e executivo da cidade, implementar ciclofaixas e ciclovias em PL tão propicia ao uso da bicicleta, onde já existe uma história e cultura que nos conduz à pedalar.
Somando-se a tudo isso, há também uma demanda ao uso da bicicleta a qual está reprimida pelo excesso de veículos em nossas vias (fato este constatado em pesquisa junto à população), aí sim, terei condições de ter respondido à pergunta do título dessa postagem.
Obrigado por ler esse artigo. Se gostou favor divulgue aos amigos.
Obrigado a ti também Pai, por mais uma luz e que a mesma ilumine a mente dos responsáveis pela nossa querida cidade para que entendam e abracem o que estou tentando mostrar em prol de todos os moradores de PL.
Amém
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