quinta-feira, 9 de outubro de 2014

#76- Um Novo Movimento para uma Nova Cidade: A Redistribuição do Espaço dos Carros



As cidades precisam redefinir sua relação com o carro – dando lugar a uma direção que 
se adapte às cidades, e não cidades que se adaptam aos carros. Isto não significa proibir os carros de vez, mas lembrar às pessoas que quando dirigem nas cidades, elas e seus carros 
devem agir como convidados.
O carro é essencial para  trajetos que envolvem cargas pesadas e volumosas. A comodidade e a flexibilidade que o carro proporciona significa que sempre estará presente de um jeito ou de outro.
Necessitamos, sem dúvida, começar a abordar algumas das ineficiências inerentes a um sistema de transporte dominado pelos carros. O carro ocupa muito espaço e, na maioria do tempo, sem estar em movimento.
Se o tempo do carro particular acabou, a era das bicicletas está apenas começando. As bicicletas, o exemplo mais claro de transporte individual, são eficientes no uso do espaço, genuinamente de emissão zero, saudáveis, sociáveis, acessíveis e divertidas.
Se as cidades estão compreendendo o potencial da bicicleta como forma de transporte massivo, então precisam tornar-se  acolhedoras para os ciclistas de todas as idades e graus de habilidade. Criar condições para o ciclismo massivo implica reduzir a velocidade e o volume do tráfego em todas as ruas e construir ciclovias, independentes onde as condições as tornem necessárias.
O espaço da rua nas cidades é uma mercadoria valiosa e altamente disputada, por isso é necessário ser remanejado para criar condições melhores para pedestres e ciclistas e melhorar a qualidade do transporte público.
A redistribuição do espaço do automóvel poderá ajudar a restaurar a função original 
das ruas das cidades: lugares para pessoas e atividades, assim como do tráfego. 
As ruas são lugares complexos, onde as exigências de muitos usuários devem ser equilibradas.
Todo tipo de ação temporária nas ruas, por exemplo; o fechamento temporário de ruas para os carros tem um papel muito importante de ajudar as pessoas a imaginar um futuro diferente, um no qual o equilíbrio exista, colocando as necessidades dos pedestres acima das dos motoristas.
Desde os anos 60 e 70 muitas cidades redefiniram sua relação quanto ao carro e hoje estão em harmonia com o mesmo. Tem caminho à frente cidades como a nossa, que estão apenas no início do processo, as quais  não devem se dar ao luxo de esperar.

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