foto arquivo pessoal : Paulo P. Netto
A escolha das pessoas pela bicicleta é uma ação
plena de sabedoria, porém, passa, muito especialmente, pela prática, pela
experiência. Não existe teoria sem prática.
Quando se pensa em mobilidade por bicicleta,
afeta-se substancialmente pessoas, tanto as que pedalam quanto as que ainda
não. Sabe, é um caso daqueles que Vandré tão bem decantou: “...quem sabe faz a
hora, não espera acontecer...”
Ainda que se trate de um veículo, a priori,
individual, a vida em bicicleta é a experiência de sociabilidade e coletividade
do século XXI.
De todos os veículos que se elevaram à categoria de
meios de transporte, a bicicleta é a que está mais perto da dimensão do pedestre,
seja pela posição de pedalar, seja pela velocidade empregada e pelo volume de
espaço ocupado.
A combinação (pessoas, cidade, bicicleta), vai muito mais além dos
benefícios individuais aos ciclistas (melhor saúde, aumento da estima,
bem-estar em alta, diminuição da ociosidade, integração social, economia).
Alcança proporções globais quando se tem em mente a “pegada de carbono”,
principalmente pela diminuição da dependência de combustíveis fósseis.
Falando-se em sustentabilidade, não se pode esquecer
que a chave para ela, em realidade, é a humanização do desenvolvimento humano.
Uma invenção tão fantástica quanto a bicicleta promove uma das mais
democráticas formas de humanizar: os deslocamentos, a produção cultural, a
integração social, a qualificação econômica, etc.
Temos visto e lido por diferentes e credenciadas
fontes e canais que cidades que estão zoneando e restringindo seu centro urbano
para veículos a propulsão humana e pedestres estão ganhando em qualidade de
vida acumulada, em benefícios à saúde dos usuários a pequeno e médio prazo,
conseguindo aumentar a consumação nos espaços comerciais promovida pela alta
rotatividade de clientes.
O modelo vigente de consumo baseado no automóvel, no individualismo exacerbado e na acumulação de direitos de uns sobre os dos demais, garante a insustentabilidade do próprio modelo, seu colapso e a imobilidade posta nas cidades de qualquer tamanho. Já a escolha pela bicicleta garante, de imediato, a crescente onda de bem-estar que possibilita as transformações sociais almejadas e tão bem-vindas.
O modelo vigente de consumo baseado no automóvel, no individualismo exacerbado e na acumulação de direitos de uns sobre os dos demais, garante a insustentabilidade do próprio modelo, seu colapso e a imobilidade posta nas cidades de qualquer tamanho. Já a escolha pela bicicleta garante, de imediato, a crescente onda de bem-estar que possibilita as transformações sociais almejadas e tão bem-vindas.
Que segredo era este, tão bem guardado em nossas
infâncias, que soube esperar o momento mais oportuno para emergir no presente
enquanto resposta mais do que suficiente para as atuais e futuras problemáticas
socioculturais, socioeconômicas e socioambientais?
Que artefato, objeto, ferramenta, veículo, enfim,
poderia ser mais promissor para a mobilidade?
Se a sua resposta, ao fim, assim como a minha, for a
bicicleta, fechamos esta leitura de acordo e com um sorriso consciente de quem
pedala!
Fonte:
Revista Bicicleta por Therbio Felipe M. Cezar, adaptado por Paulo P. Netto
Nenhum comentário:
Postar um comentário