Por um futuro com cidades pensadas para as pessoas e as
bicicletas!
Cada passo, cada giro do pedal poupam quilos de carbono no ar, na água, no solo.
Alguém reconhece em nossa cidade exemplos de implementação de medidas de
restrição e controle de acesso ao
automóvel? Entendo como tais medidas aquelas sugeridas como instrumentos de gestão pela da Lei da
Mobilidade: fechamento de vias e faixas;
tarifação pelo acesso a áreas urbanas; reforma viária priorizando pedestres, ciclistas e o transporte
público coletivo; desenho urbano orientado
a pedestres, ciclistas e o transporte público coletivo; restrição e controle de estacionamento em via pública etc.
Podemos nos surpreender com uma pequena mudança de hábito no nosso dia. Sair da zona de conforto, pensar no outro e no meio ambiente, pode nos fazer descobrir um mundo novo, na nossa própria cidade e dentro de nós mesmos, ou fazer descobrir um mundo novo na nossa própria cidade e
dentro de nós mesmos.
Sim, se há salvação para nossas
cidades, elas passam pela bicicleta, pela captação de água de chuva, pelo reuso
de água e etc. ou isso talvez seja só uma forma de dizer que algumas das minhas
ideias sejam meio europeias ou moderninhas demais, mas o mundo é outra
coisa, não é o que estamos acostumados a vivenciar por aqui,
pedalemos, pois.
São Paulo, tem 4.600 mortos ao ano em
razão da poluição produzida por veículos automotores. Pessoas passam 3
noites fora da mancha urbana e basta uma noite na mancha urbana, em casa para o corpo reagir à volta da poluição.
tosse, rouquidão, espirros, o escambau, isso não é resfriado, não é gripe todo alérgico conhece bem seus próprios
sintomas , conhece bem seu corpo,
Em nome de la dolce vita daqueles que
não largam o carro nem a pau, não há bem viver para ninguém.
É aí que a bicicleta entra na
equação. bicicleta está no campo do bem viver. pois pedalar é saudável. mas
não apenas isso. melhora o humor, e mais: faz tudo isso sem contribuir para
essas 4.600 mortes anuais e para o mal-estar de uma quantidade talvez 100 vezes
maior de cidadãos – o que me inclui.
Então, o cidadão que pedala usa menos
o sistema de saúde, trabalha melhor, convive melhor, e não causa danos. Isso
é viver bem.
Basta perceber que a popularização do automóvel, cuja posse está cada vez mais democratizada, transformou nossas vidas em verdadeiros infernos poluídos. Bem viver é ter onde morar sem ser ameaçado o tempo todo, é ter acesso à água e ao alimento, é por estar limpo, é poder pertencer a um meio, a participar das trocas, materiais e imateriais que uma comunidade permite, pois são bens que precisamos para viver: o alimento e o afeto, o corpo e o espírito.
Viver bem é assumir que a vida pode ser boa, num mundo mais justo, é sim você ter menos incômodos em sua vida. É não viver estressado, é comer bem, é ter saúde e, sobretudo, ter uma vida desacelerada. Usar bicicleta, como transporte, ou como lazer, é outra coisa, é viver bem, como aprendí, nesses últimos anos.
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