segunda-feira, 27 de novembro de 2017

#119 - O passado, o presente e o futuro da Mobilidade em PL.

O uso da bicicleta na cidade de Pedro Leopoldo foi bastante difundido desde o início do município, devido ao fato do terreno ser plano no centro da cidade, o que favoreceu a utilização deste meio de transporte de forma intensa. A implantação da Fábrica de Tecidos e da Cimento Cauê, nos extremos da área central, favoreceu a cultura no uso da bicicleta e, nas décadas de 70 e 80, Pedro Leopoldo era conhecida como a cidade das bicicletas no Estado de Minas Gerais.  

                                                 Uma visão da cidade de Pedro Leopoldo na década de 50.
                             
  Onde a bicicleta já fazia parte da paisagem da cidade, nas  ruas centrais


O passado e o presente  da mobilidade

É no inicio do século XX. Quando o automóvel surge e começa a ser comercializado. As cidades gradativamente remodelam-se de forma a abrir espaço para a nova promessa de mobilidade que se concretizava com as quatro rodas motorizadas.

Aos poucos, os carros aumentaram em número e tomaram conta do espaço das ruas e, no geral, das próprias cidades. fazendo crescer com eles a infraestrutura das áreas urbanas que desde então se desenvolveram seguindo um modelo carrocentrico, ou seja, um modelo que só visa o bem do carro, ignorando as outras formas de deslocamentos dentro da cidade. 
                                                       E nos transformamos nisto:


O trânsito nas cidades é responsável por tragédias econômicas, ambientais e sociais. O tempo perdido parado no trânsito é uma perda de produtividade e, mais negócios que poderiam estar se desenvolvendo enquanto a maior parte dos trabalhadores está parado na rua.
Os níveis de estresse se elevam tanto que toda essa angústia e raiva se materializa em violência, brigas, acidentes graves e, até mesmo fatais
 O atual planejamento urbano que, por suas deficiências, acaba por priorizar carros, mata (40.000 pessoas ao ano no Brasil e fere  outras 170.000), destruindo a economia e o ambiente.

O Futuro da Mobilidade Urbana

Transformando a mobilidade urbana das nossas cidadessignifica ter alternativas de qualidade para deixar o carro na garagem e ir ao trabalho, escola ou passear, à pé, de bicicleta ou transporte coletivo e chegar ao destino com segurança. Também é  dispor de calçadas e ciclovias decentes e que garantam total acessibilidade a deficientes físicos e visuais, e também à terceira idade.

Mobilidade Urbana trabalha em conjunto com Qualidade de Vida, ou seja, se não temos Mobilidade Urbana, também não temos Qualidade de Vida. O aumento da circulação de veículos individuais, o aumento de acidentes, o aumento de poluição e da degradação ambiental comprometem significativamente a qualidade de vida dos cidadãos.

                                                              Cidades Para as Pessoas

Hoje, com a frota de automóveis existente, e os carros cada vez mais imóveis entre ruas congestionadas e fumaça dos escapamentos, cidades de diversas partes do mundo começam  a enfrentar o problema e a pensar em soluções para promover o desenvolvimento sustentável e priorizar as pessoas.
Atualmente, é desejo de muitos cidadãos que suas cidades sejam sustentáveis, acessíveis, democráticas e humanas. A cidade humana visa o resgate pleno do espaço público urbano pelo homem.
De acordo com a PNMU,-criada pela lei de Mobilidade Urbana 12.587/12, todos os municípios com mais de 20 mil habitantes devem elaborar um Plano específico de mobilidade urbana e, segundo as diretrizes claramente definidas nessa Lei, deve-se priorizar os meios de transporte não motorizados (ativos) neste planejamento
Assim, a prática que alguns países utilizam, de restringir carros em determinados locais da cidade é necessário e é parte da transição para uma cidade com uso de carro reduzido e promoção da bicicleta e do caminhar.
Na mobilidade urbana sustentável, ruas, bairros, ônibus, bicicleta, e caminhar tudo deve estar conectado de alguma forma.
Uma prática europeia de mobilidade urbana é conectar escolas e parques com ciclovias.
 Além dos conhecidos benefícios ambientais, a bicicleta favorece mais a interação social, o lazer e a prática de exercícios, funcionando como um antídoto para o grave problema do sedentarismo.
                                                   Então, é conosco!
Depende de nós, cidadãos, e não das prefeituras, tornar nossa cidade sustentável, saudável e com qualidade de vida.
Existe conhecimento, bons exemplos a serem seguidos, basta apenas que cumpramos nosso dever, nos informando, nos capacitando e cobrando informações e transparência, e exigindo a nossa participação nas decisões que só vão afetar nós mesmos, nossa família e nossas vidas.



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