segunda-feira, 24 de março de 2014

53 - Cidade Para Pessoas



Henrique S. Wendhausen, presidente da Associação de Ciclismo de Balneário Camboriú e Camboriú 

Acabei de participar do 3º Fórum Mundial da Bicicleta em Curitiba, foram quatro dias de puro ciclo-ativismo. Observei que as discussões geravam entorno de como unificar os modais existentes, tirando o máximo proveito de todos. O objetivo do fórum foi "A cidade em equilíbrio".

A cidade em estado harmonioso, praças com infraestrutura necessária para acolher as pessoas com o mínimo de conforto, locais próprios para cada esporte, com pistas próprias para skates, patins e afins, pistas para bicicross, locais públicos aonde as pessoas possam se reunir para tocar algum instrumento, ciclovias e ciclofaixas.
A cidade em equilíbrio, oferece calçadas sem que possamos tropeçar em obstáculos falsos, por onde podem passar com segurança as pessoas que não podem enxergar e os cadeirantes. Também deve se considerar a poluição, não só do ar mas também a visual, não só construindo edifícios cada vez mais altos, que acabam nos excluindo até de vermos o céu e o sol.
Devemos pensar também nos nossos pequenos atos, como ao sairmos com nosso animal de estimação para passear nas calçadas, termos a sensatez de recolher os dejetos deixados. O conforto também deve existir quando temos que nos deslocar, tema atual que denominamos mobilidade urbana.
Facilitar o deslocamento das bicicletas construindo ciclovias, ciclofaixas e vias acalmadas, que além de ecologicamente corretas, colaboram 100% com a saúde quando o uso é continuo, diminuindo as filas nos hospitais.
A cidade para as pessoas trabalha com a ideia de que devemos executar ações em cima da sustentabilidade, ação que agrega tudo aquilo que de bom pode ser feito para o bem-estar dos habitantes e visitantes de uma cidade.
Não é simples chegar aos resultados que queremos, principalmente porque as administrações públicas sempre pensaram no presente sem se preocuparem em projetar para o futuro. Agora colhemos os resultados, fazer adaptações nas cidades já desenvolvidas mexe muito com o comodismo das pessoas.
Precisamos aceitar as mudanças quando possuem um resultado positivo não só para nós, mas para todos que estão ao nosso redor. A cidade para as pessoas e que quer ter o status de equilibrada não aceita mais só o bem-estar individualista. Tem que ter no resultado a evolução coletiva, se não for assim estaremos fadados a passar a vida no desconforto
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Um comentário:

Unknown disse...

Muito bom! Pensar coletivamente, este é o caminho.