Paulo Pereira tem 69 anos, tem uma companheira inseparável: a bicicleta. Ele trabalha com ela, e faz outras tarefas, como ir ao supermercado, ao banco, à padaria, ao verdureiro e também (como exercício aeróbico) até as proximidades de Sto. Antonio da Barra.
O problema é que Paulo precisa disputar espaço com carros, ônibus, caminhões e motos quando pedala pela cidade.
Nos últimos dez anos a frota de Pedro Leopoldo cresceu mais de 108%, pulou de 12.775 para 26.597 veículos.
A situação seria diferente se elaborado e posto em prática um planejamento de mobilidade urbana, pois não teríamos tantos veículos motorizados circulando pela cidade, e sim mais bicicletas.
Nos últimos dez anos a frota de Pedro Leopoldo cresceu mais de 108%, pulou de 12.775 para 26.597 veículos.
A situação seria diferente se elaborado e posto em prática um planejamento de mobilidade urbana, pois não teríamos tantos veículos motorizados circulando pela cidade, e sim mais bicicletas.
Hoje são apenas duas ciclovias, com pouco mais de 7 quilômetros e totalmente abandonadas e intransitáveis que ligam o bairro Dr.Lund ao bairro Sta Rita e o bairro Lagoa de Sto Antonio ao centro da cidade.
‘Ando com medo’
Henrique , de 28 anos, utiliza a bicicleta diariamente. “Quando arrumo algum emprego temporário, é de bicicleta que eu vou. Mas eu ando com medo, por causa dos carros, caminhões e ônibus”, revela.
O pedreiro Alexandre Figueiredo, de 46 anos, cruza o bairro Sto Antonio da Barra todos os dias para buscar os filhos no bairro Fazenda Modelo.
O pedreiro Alexandre Figueiredo, de 46 anos, cruza o bairro Sto Antonio da Barra todos os dias para buscar os filhos no bairro Fazenda Modelo.
“Toda semana escapo de uma batida. É preciso ficar esperto. Uso bastante a bicicleta, mas se tivéssemos ciclovias eu usaria muito mais”, fala.
Os amigos Antonio Leonel,de 29 anos, e José da Silva de 27, vão a todos os lugares de bicicleta. Eles são prestadores de serviços gerais e no dia da conversa conosco a dupla estava indo ao banco. “É perigoso, mas é econômico e prático”, resume Leonel.
Especialista defende os ‘três eixos’
O professor Leomar, da Escola de Engenharia da UFMG, defende que as cidades precisam se apoiar em três eixos para evitar um colapso do trânsito. “As formas de locomoção que precisam ser priorizadas são a pé, por bicicleta e via transporte coletivo”, diz o professor.
“Ocorre que no Brasil, as coisas chegam com 40 anos de atraso. As cidades precisam priorizar esse tripé, com investimentos em calçadas, faixas exclusivas para ciclistas e ônibus de melhor qualidade”, explicou.
O professor também elogia a iniciativa de lançar um projeto para a construção de novas ciclovias em Pedro Leopoldo e a melhoria dos passeios públicos para incentivar a caminhada.
“Não vi detalhes ainda da proposta, mas é muito importante incentivar já que na região central da cidade, não existem declividades ”, finaliza o professor.
“Não vi detalhes ainda da proposta, mas é muito importante incentivar já que na região central da cidade, não existem declividades ”, finaliza o professor.
O projeto para a construção de ciclofaixas e ciclovias em Pedro Leopoldo levou em conta, principalmente, o relevo da cidade e a cultura ciclável do povo. Por isso, segundo o autor, se tornou mais fácil a execução.
Para a implantação das ciclovias e da melhoria das calçadas, a sugestão do autor é que se utilize parte da verba do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade Urbana para o empreendimento.
“As ciclovias e as calçadas, custariam menos de 10% da verba do PAC e traria benefício para toda a cidade. A bicicleta traz benefícios para a saúde, não polui e diminui os congestionamentos”, diz o professor.
“As ciclovias e as calçadas, custariam menos de 10% da verba do PAC e traria benefício para toda a cidade. A bicicleta traz benefícios para a saúde, não polui e diminui os congestionamentos”, diz o professor.
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