segunda-feira, 7 de julho de 2014

# 67 - POPULAÇÃO APROVA RESTRIÇÃO PARA VEÍCULOS NA RUA COMENDADOR ANTONIO ALVES.

"As ruas são mais que apenas um local de passagem, são um prolongamento da casa onde existe o convívio entre a comunidade. Pequenas intervenções ajudam a criar ruas mais interativas e pessoais". (Citação do REurb).


O Pensamento  Coletivo.
Uma vez,  um amigo me contou o que havia acontecido com ele. Em compania de um senhor, não me lembro o nome deste senhor, mas a sua nacionalidade sim, (Suisso). Foram visitar a Holcim na parte da manhã e como chegaram bem antes do horário agendado, o senhor estacionou o seu carro bem afastado da porta de entrada. O meu amigo então perguntou ao seu acompanhante, por que  o mesmo havia estacionado o carro tão distante quando ainda havia  vagas  mais próximo  à entrada. O senhor então lhe respondeu; "Como chegamos com tempo de folga para o nosso compromisso, deixei as vagas mais próximas à entrada para aqueles que eventualmente possam chegar em cima da hora do serviço estacionar, e assim não se atrasarem".

Depois de ouvir isto e de tanto conviver com pessoas europeias, passei a meditar e pensar mais coletivamente também.

Por também pensar assim, é que  divulgo um esboço do  plano de Mobilidade Urbana Sustentável na tentativa de que algum governante atual ou futuro estude-o e utilize o que o mesmo tem de bom para a tão necessitada cidade de Pedro Leopoldo.

Imagem para ilustração
Credito da imagem : F14 fotomania
" Implantação de zonas de pedestres as quais  terão muito movimento e vigor. Haverá muita gente nas ruas. Encontrar-se-ão muitos idosos, cadeirantes e famílias com crianças utilizando patinetes, patins ou skates. Muitas pessoas pedalando em suas bicicletas independentes da idade e sexo, pois não haverá mais o temor de disputar espaço com os veículos motorizados que não circularão neste espaço".- palavras do responsável pelo projeto.

Alguns  pedestres citaram lazer, e comerciantes apostam no aumento das vendas.
Entrevistados mostraram preocupação com paradas de ônibus e trânsito.

Fomos à Rua Comendador Antonio Alves, saber o que as pessoas que transitam pela mesma acham sobre o projeto  que vai limitar o acesso de carros na via. A medida faz parte do plano de mobilidade urbana sustentável  que se aprovado pela administração atual ou pelos candidatos à futura administração  municipal gestão 2017 - 2020 deve ser posto em execução tão logo o Município receba  a verba do Ministério das Cidades.

As mudanças serão gradualmente implantadas logo após a aprovação das licitações. Adianto que grande parte do projeto o qual será feito a médio- longo prazo, provavelmente demandará mais do que 1 mandato para a sua total implementação.  É vontade da atual administração ser o mais transparente possível com grande participação popular. E a mesma tem  certeza que os seus sucessores terão o mesmo pensamento e darão continuidade aos projetos de médio e longo prazo que com certeza irão encontrar após o atual mandato.

Quero aqui deixar quatro importantes recadinhos para a população:
  • Andem a pé e usem bicicletas;
  • Usem ao máximo o transporte público;
  • Combatam o automóvel privado mono-ocupado;
  • Lutem por uma boa calçada: é ali que começa sua caminhada.
A maior parte dos entrevistados gostou da ideia, que vai priorizar o uso do espaço público para os pedestres e meios de transporte não motorizados.
Uma supervisora que trabalha no Banco Mercantil acredita que a mudança será benéfica. "Acho uma boa ideia, pois isso aqui vai se transformar em mais um espaço de convivência para a cidade que está tão necessitada de tal. Só espero que as paradas (de ônibus) não fiquem muito longe", comentou.

Essa é a mesma preocupação de duas comerciárias. Ambas trabalham no centro da cidade e usam ônibus como meio de transporte. "É sempre bom coisas para o pedestre e, se a parada de ônibus ficar próxima, melhor ainda. É bom que as pessoas vão poder andar de bicicleta, skate, sem se preocupar com carro. Os motoristas vão reclamar porque essa rua era um atalho para eles aqui e eles estavam viciados em transitar só por ela. Toda mudança no começo incomoda, mas a gente tem que se adaptar", comentaram as duas entrevistadas.

Um taxista, que faz ponto na Matriz, apontou outra situação em que ele prevê desconforto com a alteração. "Tenho passageiros que trabalham aqui que mal se locomovem e utilizam  cadeira de rodas e eu os deixo na porta do trabalho. Como será para eles? Também acho que vai engarrafar ao redor porque as ruas são estreitas. 
O trânsito já é ruim e a gente não vê guardas. Não vi vantagem nenhuma", opinou.

Já comerciantes da área aguardam o projeto com boa expectativa. "Disseram que vão manter as lojas bem abastecidas, pois acham que as vendas vão aumentar durante a semana, como já acontece no sábado. Só espero que coloquem segurança", ponderaram.

Outros comerciantes mais antigos comentaram."Se o movimento crescer mesmo, pode valer a pena. Isso será bom não só para nós (comerciantes), mas para a própria população, que terá mais uma área de convivência", apontaram.


É o que também pensa uma arquiteta. "Acho sempre muito bacana esses projetos porque mudam o conceito do espaço público, priorizando o pedestre, o lazer, criando um espaço de interação, pois a cidade é isso", resumiu.


Obrigado por mais esse, Senhor.

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