Pedro Leopoldo se encontra ante um grande desafio. A resposta a esse desafio, terá implicações para o desenvolvimento, para a equidade, para o meio ambiente e para a qualidade de vida da cidade e dos seus cidadãos.
E para enfrentar esse desafio, há somente duas opções elementares:
1-
Não fazer nada
2-
Fazer alguma coisa.
A primeira é que vivemos há décadas. A segunda tenho certeza, fará parte da nova
administração, principalmente pelo que vimos no Plano de Governo.
A lei de Mobilidade Urbana, publicada em 2012, estabelece
princípios, sobre o uso da via pública. É muito fácil perceber que seu objetivo
é tornar melhor a vida das pessoas nas cidades.
Como?
·
Reduzindo o congestionamento
·
Melhorando a qualidade do transporte público
·
Reduzindo a poluição ambiental e suas doenças decorrentes
·
Reduzindo os acidentes e mortes no trânsito
·
Melhorando a acessibilidade e a mobilidade nas cidades.
Números do Brasil, que são
indicativos do desafio que temos pela frente:
· 70% da via pública no horário de pico, é ocupado por automóveis
(CET/SP), enquanto que este modo é responsável por só 30% das viagens (ANTP)
No Brasil, tem-se a impressão que os condutores do automóvel
pensam que a compra do mesmo já vem acompanhada de um certificado de uso
preferencial da via e, ainda, de um espaço gratuito de garagem na rua. Razão de
nossas vias estarem repletas de veículos estacionados, muitas vezes em ambos os
lados. Multiplica-se dois metros de largura por km de extensão de asfalto e veja-se
a área construída com dinheiro público e disponibilizada como garagem de
automóveis.
Assim, é importante compreender a bicicleta como modo de
transporte e não apenas como modo de lazer, razão pela qual os espaços a ela
destinados têm que estar harmonizados com a cidade.
A ciclovia é um bom exemplo disso, permitindo aos ciclistas
acessarem a cidade de maneira mais fácil e segura. A implantação das mesmas,
tiram as diretrizes da lei de mobilidade urbana do papel e as colocam na rua.
Vale ressaltar também o efeito pedagógico da medida. As ciclovias
que segregam fluxos e estabelece limites físicos, contribuem para condicionar
novos comportamentos e podem e atraem novos usuários ao se sentirem mais
seguros.
A histórica falta de disciplina e de respeito às mínimas leis de
trânsito pelos usuários da bicicleta, é um traço cultural oriundo do processo
de aprendizagem desde a infância.
Então a existência de espaço definido e sinalizado é também um bom
começo para dar mais efetividade a programas de reeducação.
Conscientes dos problemas ambientais e do caos no
transporte público e no transito, nós cidadãos de Pedro Leopoldo (aqui
representados pelo grupo MUS-PL) percebemos quão necessário são as Ciclovias e
as Ciclofaixas, em vários Corredores Viários e Vias Estruturais, da cidade.
Assim, aqui estamos para encorajar o Poder Público
Municipal, a implantar e implementar uma política efetiva e permanente de
inclusão da bicicleta como um meio de transporte.
Sendo lei, estamos prevendo
calçadas mais largas e redução do fluxo de carros.
Nos próximos anos, algumas vias de Pedro Leopoldo
irão passar por intervenções para desafogar o fluxo de veículos no hipercentro,
priorizando segurança e conforto aos pedestres e ciclistas e dando um
transporte público de qualidade e eficiente.
Entre as ações estão o alargamento de
calçadas, utilizando-se parte dos estacionamentos rotativo e também
ciclovias de sentido duplo em uma das faixas de rolagem na avenida, democratizando a via pública.
Também está previsto a implementação de ruas para
pedestres (calçadões).
Essas medidas fazem parte do estudo
de requalificação do hipercentro.
As mesmas preveem ainda vias
de passagens — ruas sem estacionamentos públicos —
e vias verdes, que combinam baixa
velocidade (30km) com trânsito de pedestres e bicicletas e estacionamentos
particulares criados por incentivos de lei específica
com a possibilidade de concessão de benefícios.
Para se ter uma cidade amiga das bicicletas e das
pessoas, é preciso termos prefeito, vereadores secretários
administrativos, comprometidos com mudanças, sem medo de tentar o novo e de
contrariar setores acomodados da sociedade.
É importante também que cidadãos participem das audiências públicas e
demandem mudanças na cidade, mudanças que beneficiem pessoas, não automóveis ou
mercado imobiliário. Como em toda mudança de cultura,
haverá forte resistência.
Não é novidade que alterações são
difíceis, em especial quando a cultura já estabeleceu pretensos direitos. Mas
seguir em frente é necessário, por se tratarem de ações alinhadas com a PNMU
(política nacional de mobilidade urbana) e, que, por isso, devem ser
implantadas.
Sim, é com ajuda de novos conceitos que iremos
construir "UMA NOVA CIDADE".
E paralelo a estas mudanças, que tal irmos também
até as escolas, ensinando aos futuros dirigentes deste país o conceito de
Mobilidade Urbana Sustentável, o conceito do Novo Urbanismo. E como se
comportar quando pedestre, quando ciclista, e quando motorista.
E vamos agir para que possamos deixar algo novo e
bom para nossos filhos, netos e bisnetos.
“Não tenha medo da vida, tenha medo de não vive-la. Não há céu sem
tempestades nem caminhos sem acidentes. Só é digno do pódio quem usa as
derrotas para alcançá-lo. Só é digno da sabedoria quem usa as lágrimas para
irrigá-la. Os frágeis usam a força; os fortes, a inteligência. Seja um sonhador mas una seus sonhos com disciplina.
Pois sonhos sem disciplina produzem pessoas frustradas. Seja um debatedor de
ideias. Lute pelo que você ama”- Antony Cury
Paulo Pereira Netto
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