A nossa cidade hoje.
O que será de Pedro Leopoldo, se não fizermos alguma coisa em
prol da mobilidade sustentável da mesma?
Faço esta pergunta, porque PL seguindo a maioria das cidades
brasileiras, contempla somente o automóvel e não a todos os meios de transporte
que seus habitantes optam por usar.
As cidades brasileiras, chegaram a um ponto em que o simples
ir e vir tem ficado a cada dia mais impraticável. O trânsito e a mobilidade já
ocupam o topo da insatisfação do cidadão. Mas, assim como em um simples
cruzamento, a solução não partirá apenas de um lado da via. Todos os envolvidos
precisam participar de um acordo para que se chegue a um termo comum, em prol
da (re)construção dos centros urbanos pelas
pessoas e para as pessoas.
A questão envolve, além do cidadão - que antes de tudo é um
pedestre, o poder público, os planejadores urbanos, os órgãos de trânsito, os
comerciantes, os motoristas, motociclistas e ciclistas e também as empresas. –
Qual é a responsabilidade de cada um desses atores e setores?
E que tipo de contribuição podem oferecer? O que estão dispostos a empenhar em
benefício de uma solução coletiva?
É impossível falar de mobilidade sem discutir o espaço
urbano, e que a cidade é um sistema complexo. Por isso, convidamos cada uma das
partes a debater a questão sob diferentes olhares: econômico, cultural,
ambiental e social.
O Espaço Urbano
Nas cidades brasileiras, e em especial nas dos países do
Terceiro Mundo, há forte presença de aspectos de desordem, sendo comuns e muito
visíveis as desigualdades sociais que se traduzem em arranjos desordenados de
habitações e aglomerados urbanos. Os espaços viários tornam-se inadequados para
comportar de maneira harmônica a quantidade crescente de veículos motorizados e
pessoas que realizam seus deslocamentos a pé ou de bicicleta.
O reconhecimento dessa realidade,
denota a urgência da criação de processos e ações voltadas à transformação dos
espaços urbanos mais igualitários que gerem oportunidades reais às citadas
modalidades de deslocamento, e não só para a motorizada. – Concordam?
Muitos países já perceberam isso, e já mudaram o seu modo
operante com respeito à preferência de circulação dos modais no palco urbano
redesenhado. O Brasil, parece também haver percebido isso e em 2012, o
congresso nacional aprova depois de 17 anos de discussão, a lei de Mobilidade
Urbana Sustentável de no. 12.587, que inverte a ordem de preferência dos modais
nas vias brasileiras, dando total preferência aos modais de propulsão humana e
aos transportes coletivos no deslocamento das pessoas.
Um alerta à nossa cidade
Não podemos ficar alheios às mudanças que vêm ocorrendo pelo
mundo afora e também em muitas cidades brasileiras, no que se refere ao uso
democrático e sustentável do espaço urbano.- Quero aqui expressar a minha
preocupação e deixar o meu alerta à todos dessa cidade.
É fato que um crescente número de veículos motorizados vem se
agregando ao já grande número existente.
Vejam estatística de Dezembro de 2006 = 14.193 veículos motorizados
Estatística
de Dezembro de 2016 = 30.187 veículos
motorizados
Junho de 2019= 33.787 Veículos motorizados
E como o espaço é finito, será possível absorver todo o
aumento de veículos motorizados sem deteriorar-se mais o espaço público com
frequentes engarrafamentos, aumento de acidentes e do stress provocado pela
falta de mobilidade?
OBJETIVOS DO PLANO
- prover aos habitantes da cidade de
Pedro Leopoldo a opção de locomoverem-se utilizando a forma modal mais
conveniente e saudável para o meio ambiente e para a cidade, pensando no
coletivo e não só em si.
- promover uma melhora considerável na
saúde de seus habitantes, através da caminhada, não só dos pedestres mas também
dos condutores de veículos motorizados, já que os mesmos com o redesenho do
fluxo da área urbana, poderão estacionar os seus veículos a distâncias que lhe
permitam caminhar de 8 a 15 minutos (600 a 1200m) até o seu destino.
- diminuir a quantidade de veículos em
circulação pela cidade, diminuindo-se em consequência a poluição sonora e do
ar. Sem essa conscientização o sucesso do plano ficará em risco, pois não
haverá espaço para circulação de todos. Cabe portanto a cada cidadão de PL que
utiliza o automóvel como seu único meio de transporte, fazer uma reavaliação
desse uso e utilizar também outro meio de locomoção em paralelo.
- Tornar a área central de PL , mais
voltada para as pessoas, com a implementação de calçadões em boa parte do
centro, onde a convivência entre seus habitantes se fará de uma forma mais
humana, transformando a área central de PL mais bonita e convidativa para nela
se caminhar.
- incentivar mais ainda um bom número
de pessoas que possuem bicicleta, e não a utiliza, devido à falta de segurança por não haver
faixas exclusivas para as bicicletas.
Havendo interesse dos setores e
atores aqui mencionados em conhecer e debater
o plano em maiores detalhes, estou à disposição.
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