As lombadas devem obedecer à resolução 600 de 24 de maio de 2016 do CONTRAN , devem obrigatoriamente ser sinalizadas e podem ser de dois tipos de tamanho. No tipo 1 devem ter as medidas de 8 cm de altura por 1,5 m de largura, no tipo 2 devem ter 10 cm de altura por 3 m de largura, ambos com o comprimento igual a largura da rua. Devem ser utilizados somente em último caso para a prevenção de acidentes.
Como no Brasil só se conhece e se utiliza as" lombadas" ou "quebra molas" como medidas preventivas, a nossa cidade é hoje conhecida como a "Cidade dos Quebra-molas" fato este que impacta negativamente na qualidade de condução também para os condutores que respeitam a sinalização, pois havendo qualquer descuido, falta ou má sinalização nos locais destas lombadas o impacto, mesmo à baixa velocidade, provoca muito desconforto uma vez que nem todos os "quebra-molas " foram corretamente construídos obedecendo a resolução 600 do CONTRAN.
Como exemplo do excesso de lombadas construídas em nossa cidade, cito os trechos: PA central até a APAE, com 1,5km de extensão e 11 quebra-molas, e o trecho do PA central até a rotatória da Precon passando-se pela Rua Rivadávia, com 3,6km de extensão e 20 quebra-molas. No primeiro temos 1 quebra molas a cada 135 metros e no segundo um quebra-molas a cada 180 metros.
IMPACTO NAS AMBULÂNCIAS
Uma péssima situação com estes quebra-molas é vivenciado diáriamente pelas ambulâncias que transportam nossos doentes, ou feridos em macas, muitos com medicamentos venoso, com algum tipo de fratura etc. os quais sofrem horrores quando passam por estes quebra-molas, pois não deixam de sofrer impacto mesmo em baixa velocidade, devido a maioria, estarem em desacordo com a resolução 600.
QUAL SERIA A SOLUÇÃO?
Recorrer ao que é praticado em países mais avançados, onde raramente se utiliza lombadas com a frequência, finalidade e formato que aqui se pratica. Então pensei cá com meus botões; "tenho tantas imagens e vivência de como funciona em outros países, principalmente na Alemanha e por que não apresentá-las, com a intenção de ajudar, aos Edis de nossa cidade para conhecerem e assim exigirem do setor responsável pelo trânsito de PL a utilização de tais intervenções viárias, conhecidas como "Acalmia ou moderação de Tráfego".
MANUAL DE SEGURANÇA VIÁRIA OMS, 2008
De acordo com este manual, pedestres, ciclistas e motociclistas são agentes vulneráveis e têm suas chances de sobrevivência reduzidas quando são atropelados ou colidem com um veículo motorizado em velocidade igual ou superior a 50km/h. Já as chances de sobrevivência aumentam se o veículo trafega a 30km/h ou menos.
Reduzir a velocidade dos veículos motorizados, incentiva pedestres e ciclistas a se deslocarem, e diminuem drásticamente o número de sinistros no trânsito e este é o principal motivo que diversas cidades utilizam esta técnica de acalmar o tráfego, que é uma estratégia de engenharia de tráfego, de regulamentação e de medidas físicas, que induzem os motoristas a um modo de dirigir mais apropriado à segurança e ao meio ambiente.
Pedro Leopoldo precisa ter uma política pública séria e bem definida para a mobilidade humana, que valorize mais as pessoas e menos os carros. Mudanças para uma nova cultura voltada para as pessoas faz-se necessário.
DISPOSITIVOS DE MODERAÇÃO DE TRÁFEGO
Tenho a satisfação de aqui mostrar a todos, alguns dispositivos de moderação de tráfego amplamente utilizados em outros países e que tive a oportunidade de ver e sentir a sua eficiência, na redução de velocidades no trânsito urbano, sem o impacto provocado pelas lombadas (o moviemto de subida e descida brusca) que tanto incomodam principalmente aos que estão em macas nas Ambulância.
ALGUNS SLIDES - DISPOSITIVOS DE MODERAÇÃO DE TRÁFEGO.
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