Você já pensou em como suas escolhas e atitudes influenciam na dinâmica da cidade em que você vive?
Caminhar, afinal, é uma das maneiras mais saudáveis e plenas de se conhecer uma cidade: você pode parar, atender o celular, entrar e sair dos lugares sem pensar no estacionamento, ver as pessoas, interagir, conhecer. E mesmo a cidade onde se mora sempre tem algo novo a mostrar. Para viver a cidade, é preciso caminhar. E para caminhar, calçadas.
Mas não é toda rua que tem uma boa calçada. São buracos, degraus, desníveis, trechos estreitos demais, pedras soltas. Na maior parte das cidades brasileiras, a legislação determina que as calçadas, sua execução e manutenção, são responsabilidade dos proprietários dos imóveis que se alinham a elas. O resultado é mais ou menos uma colcha de retalhos.
De qualquer forma, é importante considerar que as calçadas são parte essencial do complexo urbano e exercem influência direta na dinâmica das cidades. A decisão de ir a pé, de caminhar ou não caminhar, está ligada a questões de horário, diversidade de opções e densidade populacional, mas também à facilidade de deslocamento e até à estética.
Pode parecer pouca coisa, mas calçadas bem conservadas – e quem sabe até bonitas – estimulam as pessoas a caminhar, a sair de casa sem o carro. E quanto menos carros e mais pessoas nas ruas, melhor para a cidade. Incentivar os meios de transporte não motorizados, por meio da implantação de ciclovias e da qualificação dos percursos de pedestres, representa um ganho para a qualidade de vida da população, que passa a dispor de alternativas viáveis de locomoção e, consequentemente, a contribuir para a diminuição dos congestionamentos.
Se você pode ir a pé, vá a pé! A prioridade é do pedestre.
Reprodução do artigo de: Priscila kichler Pacheco
Um comentário:
É fato que as calçadas existentes hoje em PL não estimula ninguém a caminhar por elas.
Existe alguma cidade no Brasil que possa servir de exemplo?
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