Ao longo dos anos 60, as cidades passaram a criar suas estruturas viárias em favor do tráfego motorizado, principalmente do automóvel, tratando essas alterações como um desenvolvimento natural das cidades. Além disso, se supôs que quanto mais pessoas substituíssem as bicicletas e viagens a pé pelo carro, a segurança viária também aumentaria.
Entretanto o que aconteceu foi justamente o oposto, enquanto o número de bicicletas circulantes diminuiu o número de acidentes fatais no trânsito aumentou.
Com o aumento do uso do automóvel o desenho das cidades passou a ser feito em função de sua utilização e não em favor das pessoas que lá residem .
Com isso, vem crescendo as discussões sobre a atual situação do trânsito nas grandes cidades e até mesmo em cidades de médio e pequeno porte, sendo que os principais focos de debates são os congestionamentos, a segurança viária e a grande quantidade de gases poluentes emitidos pelos veículos automotivos circulantes.
Dentre as diversas soluções e abordagens normalmente debatidas, uma delas é o incentivo ao uso da bicicleta como meio de transporte alternativo ao automóvel, visto seu pequeno tamanho e completa ausência de emissão de gases nocivos ao meio ambiente.
Entretanto é importante ficar claro que a “Bicicleta não é a salvação para combater a degradação do planeta, nem a única solução para acabar com o caos do trânsito nas cidades, mas é sim uma grande aliada para ajudar a combater esses problemas.”
Apesar de ser um transporte compacto e ecologicamente correto, as bicicletas, muitas vezes, tem que disputar o espaço viário com os automóveis mesmo sendo a via o local apropriado para o tráfego de bicicletas, na ausência da ciclovia ou ciclofaixa.
A baixa velocidade das bicicletas e a imprudência tanto por parte dos motoristas, quanto dos ciclistas, são alguns dos principais fatores de atrito entre as duas modalidades de transporte. Tendo isso em vista, a implantação de ciclovias e ciclofaixas pode reduzir substancialmente este conflito.
Texto de : José Cláudio da Rosa Riccardi.
Reproduzido por : Paulo Pereira Netto
Nenhum comentário:
Postar um comentário