segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

41- I HAVE A DREAM - EU TENHO UM SONHO

Como poderia ser bem diferente a vida dos brasileiros se nós povo e nossos governantes pensássemos e agíssemos mais no coletivo e não só em si. Como seria maravilhoso se os governantes, fizessem aquilo que deveriam fazer quando eleitos: Governar para o povo e não só para si e seus partidos. Teríamos uma melhor educação e  meios de transportes bons e eficientes com infraestrutura excelente para uma boa locomoção, com um leque de alternativa de opções: caminhando, pedalando, indo coletivamente em ônibus ou trem e até individualmente em seu carro, por que não, mas com moderação. Com infraestrutura que lhe permita se deslocar para onde e como quisesse e em segurança, com vias bem sinalizadas e com piso de qualidade e não com finas camadas de asfalto que só duram uma estação. Com parques e áreas verdes onde pudéssemos levar nossos filhos e ou netos para um passeio ao ar livre sem temor da violência, em locais limpos  com calçadas amplas(quando possível) mas se não tão amplas, pelo ao menos com pisos firmes de boa qualidade convidativos à caminhada, e ao deslocamento para o trabalho à pé. Onde, todos os modais de transporte tenham seus espaços nas vias, respeitando uns aos outros. Onde, quando você quisesse se deslocar com sua bike, pudesse fazê-lo em segurança e na certeza de ter espaço nas vias,  respeitar e ser respeitado pelos outros modais  na certeza de onde você for irá encontrar um local adequado para estacionar a sua bike em segurança.Onde, você teria sempre a certeza de quando uma nova obra fosse iniciada, os outros modais de locomoção teriam também seus espaços (e não só o carro).Onde o respeito pelo outro é empregado no dia a dia e não fica só no discurso. Onde a honestidade impera e você paga o seu ticket antes de adentrar a um transporte coletivo e ao entrar é só conservá-lo consigo, pois raramente alguém fiscalizará ou duvidará que você está ali sem já ter pago a sua passagem o que pode ser feito em vários pontos de ônibus e nas estações de embargue agilizando assim o processo e barateando o custo das empresas transportadoras.Onde, os rios ou canais existentes não fossem poluídos servindo também de via de acesso fluvial.Onde, graças a Deus tenho a oportunidade de ir todo ano conviver com um dos  braços de minha família e verificar e experimentar tudo que no Brasil ainda é sonho, mas aqui já é realidade há muito tempo.

Obrigado Senhor por me proporcionar essa condição.

Fotos e videos relativos ás diversas citações do meu sonho.

Pisos de qualidade convidativos à caminhada e pedalada
Pisos uniformes onde idosos podem caminhar tranquilamente.

   
Transporte coletivo de qualidade e pontual
Sinalizações para todos os modais.


Área verde abundante onde relaxar e divertir-se com familiares e amigos.
  
Obra nova onda todos os modais são lembrados.
A qualquer local que se vá, a bike tem onde esta estacionar


 




Ruas sinalizadas onde  os modais têm o seu espaço.
Ruas sem o carro, pedestres e ciclistas trafegam compartilhadamente 



  
Pontos de venda de ticket, o qual é válido para os modais existentes na cidade
   
O conforto a segurança e a qualidade do transporte é magnifica.
   
Rios navegáveis e despoluídos, com ciclovias em ambas as margens.


segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

40- No Natal, o rei cruel cria trânsito

Era uma vez um rei muito mau, tão perverso que, na véspera de Natal, irritado com a alegria dos súditos, decidiu impor ao reino grandes congestionamentos. Como depois de muito pensar, nada lhe ocorria que pudesse atender sua expectativa de maldade, mandou chamar o ministro mais sádico.
O condestável propôs o plano malévolo: para paralisar a cidade, causar os maiores engarrafamentos de todos os tempos, temos que financiar a produção e a venda de automóveis, vender combustível barato e, principalmente, tirar das garagens os carros que ficam parados a semana toda.
E para isso, a maior de todas as maldades, vamos realizar um grande plano viário. Criar novas avenidas, alargar as existentes, construir pontes sobre os rios e túneis sob as montanhas, um grande rodoanel em volta da capital e um pequeno anel viário em volta de seu centro.
Ao anunciar as medidas, o rei pensava ouvir gritos desesperados e choro. Mas logo notou que suas propostas rendiam elogios. Os jornais do reino saudaram o déspota como visionário. Um grande jornal opinou: "Grande parte da responsabilidade dos congestionamentos no reino são decorrência da falta de obras de ampliação da infraestrutura viária na cidade", celebrando que agora a realidade seria alterada.
O rei reclamou ao auxiliar: "Eu lhe pedi uma maldade e você faz o que o povo quer? Tudo que ouço são elogios!"
O ministro respondeu rapidamente: "Nada mais equivocado. Eles não perdem por esperar. Em pouco tempo, o trânsito será insuportável".
Vieram as eleições e as obras viárias foram apresentadas como criações redentoras, o governo do rei foi aprovado. Antes do que previra o grande bruxo, porém, imensas paralisações começaram a acontecer nas cidades. Em um fim de semana, os caminhos todos que atravessavam o reino ficaram ocupados por carros parados, milhares de quilômetros a perder de vista: todos os veículos se colocaram em fila, uns atrás dos outros, estacionados por 24 horas, 48 horas, continuamente.
Feliz com a plena realização de seus desejos perversos, o rei mandou chamar o ministro e ao vê-lo, foi logo perguntando: "Como pudestes ter ideias tão perfeitas?"
Foi quando o consultor explicou: "Estudei engenharia de tráfego, li os melhores tratados publicados em outras nações e totalmente desconhecidos nesta vossa terra de reinóis ignorantes. Bastou-me fazer o contrário do que ensinavam. Naquelas obras sagazes, grandes estudiosos ensinam que quanto maior a oferta de vias, mais carros são atraídos. Aquelas nações distantes, como Estados Unidos, Inglaterra e França, diante de tais constatações, interromperam a construção de grandes obras viárias nas cidades. Ao contrário, a cada ano, fecham aos carros centenas de quilômetros de vias em cada grande cidade. O que lhe propus foi fazer o que eles evitam".
Antes de ir, o ministro vaticinou: "Quando se constrói uma via, 90% de seu espaço é ocupado no primeiro ano; em dois anos, o congestionamento supera em 20% tudo que foi adicionado".
O rei anotou a profecia matemática de seu sábio ministro. Aproveitou que os súditos ignoravam a ciência do trânsito para nos anos seguintes manter sua plataforma perversa: "Governar é construir estradas e criar grandes engarrafamentos".
Fonte : Jornal Folha de S.Paulo - Leão Serva

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

39 - Bicicleta o veículo do futuro já chegou.

O tão óbvio, não é compreendido pela sociedade: a infraestrutura viária, na maioria das cidades brasileiras, chega a ser repelente a ciclistas. Nestas mesmas cidades, geralmente inexistem departamentos específicos ou técnicos habilitados com a atribuição de planejamento de soluções para ciclistas, pedestres e cadeirantes. No trânsito, os condutores motorizados, disputando entre si pelo cada vez mais abundante e, ao mesmo tempo, mais escasso asfalto, são indiferentes ou mesmo hostis aos ciclistas. São raras as empresas privadas que oferecem bicicletários para seus clientes e funcionários, e, para consagrar essa realidade, os meios de comunicação, quando tratam de mobilidade urbana, falam sempre sobre carros e seus condutores.
Mesmo uma rápida inspeção sobre o cenário da mobilidade urbana nos faz constatar: o poder público não está a serviço dos cidadãos, mas da indústria automobilística, das petrolíferas, das empreiteiras de construção civil e do estilo de vida a elas associado, com ênfase no consumo, acumulação, competição, ostentação. E os cidadãos, de qualquer modo, não se mostram preocupados com isto, absortos que estão pelo imaginário social, historicamente construído, de que já cumprem com suas obrigações de votar e de pagar impostos e de que, portanto, seus direitos e desejos individuais devem ser atendidos com túneis e vias expressas o que dá nisto:

A bicicleta é um veículo muitíssimo eficiente em curtas e médias distâncias (até 6 ou 8 km), mas essa qualidade não pode ser plenamente usufruída pelas pessoas enquanto não houverem políticas públicas adequadas para ofertar crescentemente infraestrutura segura para seu deslocamento e estacionamento, para educar sistematicamente a sociedade sobre as vantagens da bicicleta e sobre os direitos legais dos ciclistas e para fiscalizar constantemente o cumprimento da legislação de trânsito, bem como enquanto os indivíduos não renunciarem aos privilégios não universalizáveis de usar um carro para tudo.
Mas os ciclistas não podem ficar esperando que os administradores públicos resolvam, de repente, iniciar o processo de mudança. Porque quem usa a bicicleta para o esporte, para o lazer, para a aventura, para ir ao trabalho, à escola, ao mercado e para executar outros afazeres cotidianos não verá sua situação melhorar automaticamente após as eleições. A democratização da mobilidade urbana requer nada menos que o exercício democrático: a população refletindo, debatendo e deliberando coletivamente sobre as políticas públicas que, sendo executadas, tornarão a cidade mais ou menos acessível a todos os cidadãos.
Conferência da Cidade, Plano Diretor Participativo, Audiências Públicas, Ação Civil Pública, requisições formais aos poderes executivo e legislativo e a Conselhos de Direitos são algumas ferramentas disponíveis de relação direta com o Estado. Passeios ciclísticos, campanhas educativas, solicitação de melhorias às empresas privadas e cartas para a imprensa também estão ao alcance de todos os indivíduos, os quais alcançarão resultados mais eficazes e duráveis tornando-se coletivos organizados ou unindo-se aos já existentes, como Associações de Moradores, ONGs ou mesmo grupos informais.
Por toda parte, por sua própria propulsão, apesar das dificuldades, milhões de pessoas contam com a autonomia de deslocamento e com a economia de renda possibilitada pela bicicleta e, adicionalmente, contribuem para a qualidade de vida urbana. E será somente pelos próprios meios que eles conquistarão paulatinamente políticas públicas adequadas para possibilitar que mais e mais pessoas possam se beneficiar do veículo a pedal: ciclistas são veículos para chegarmos a um futuro que vale a pena.

Fonte: Revista Bicicleta por André Geraldo Soares
Fotos acrescidas por mim.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

38 - REFLEXÃO (IV) - SEU ESTILO DE VIDA PODE MELHORAR O MUNDO

Artigo publicado no Blog Vá de Bike.
Seu estilo de vida pode melhorar o mundo. Ou pode fazer com que perfurem cada vez mais poços de petróleo para conseguir mantê-lo.
O petróleo tem muitos usos além dos combustíveis e lubrificantes. Plásticos, tintas, resinas e até tecidos sintéticos precisam dele para serem fabricados. Olhe ao seu redor e pense quantos produtos industrializados levam petróleo em sua composição. Não é uma substância importante demais para ser queimada em um instante fulgaz, só para nos levar de um ponto ao outro? Plásticos podem ser reutilizados e reciclados. Combustível destruído pela queima, não!
Não seja conivente com vazamentos de óleo, guerras por controle de áreas petrolíferas, morte de animais e de pessoas, problemas respiratórios em idosos e crianças, substituição de praças por ruas e avenidas, congestionamentos cada vez maiores e trânsito cada vez mais agressivo. Mude seu estilo de vida, pelo menos um pouquinho.
Sua cidade pode ser melhor, seu planeta pode ser melhor, sua vida pode ser melhor. Vá de bike!
Leve uma criança para pedalar nas ruas e plante um futuro melhor para todos nós.




Pensemos e reflitamos. A cada vez que for utilizar o seu carro, faça uma reflexão e pergunte para si mesmo? Não posso fazer esta viagem caminhando?, de bike? ou de transporte coletivo?

Não estou sendo muito egoísta usando o carro em todas as viagens que faço ao centro de minha cidade? Os Pedro Leopoldenses meus conterrâneos merecem isto de mim?


Obrigado Senhor! 








37 - REFLEXÃO (III) - A Conscientização ou a morte das cidades.

Chegamos numa bifurcação onde teremos que escolher uma das duas opções: A CONSCIENTIZAÇÃO OU A MORTE DAS CIDADES.
Os Americanos estão escolhendo a primeira opção, e nós quando faremos o mesmo?
Veja e leia artigo publicado na revista bicicletas.

Para salvar a cidade… bicicletas!




Não é novidade que a bicicleta promove incontáveis benefícios para as pessoas e para as cidades. E Nova York, a “Big Apple” americana, está apostando nela para se renovar e aderir de vez à cultura do transporte sustentável. 






A população passou a contar, em junho, com 6 mil “citi bikes”, distribuídas em 333 estações de Manhattan ao Brooklyn. A iniciativa não vai parar por aí, pois a meta é disponibilizar 10 mil bikes em 600 estações, o que pode tornar o projeto um dos maiores do mundo

Mas não basta ter bicicleta. Segurança e infraestrutura são incentivos fundamentais na tomada de decisão entre o carro ou a magrela. Em cinco anos, o governo local instalou mais de 400 km de ciclovias para que o tráfego ocorra.
Iniciativas para devolver o espaço urbano para as pessoas também foram feitas, como a proibição de carros na Times Square, as sinalizações priorizando o pedestre e as ciclovias na Columbus Square e na Delancey Street.
Devolver a cidade para as pessoas e, por que não, para o transporte não motorizado, muda a cultura e a relação das pessoas com a cidade para melhor.
Antes e depois: Columbus Circle foi totalmente repaginada para priorizar pedestres e transporte sustentável. 
Columbus Circle. Como consequência, mais segurança viária. 
Ciclovia em NYC: incentivo para deixar o carro na garagem. 
Na Times Square, os carros foram substituídos… por pessoas! 
Delancey Street: pedestre em primeiro lugar.

E por que não fazermos o mesmo aqui em nossa cidade? Pelo ao menos como experiência aos Sábados pela manhã no trecho da Comendador Antonio Alves compreendido(veja esquema abaixo) entre a Herbster e a São Sebastião. Saíamos do discurso e vamos à ação. Não tenhamos medo de mudar e experimentar, só assim saberemos o que é melhor para as pessoas da cidade de  Pedro Leopoldo.

Grato mais uma vez pela leitura. Deixe seu comentário sobre a proposta acima. Você estará contribuindo para mudarmos nossa cidade com objetivo de torná-la mais humanizada.
Grato a ti também Pai por me orientar em mais uma postagem.