sexta-feira, 28 de junho de 2013

15- Vida, Liberdade e a Busca pela Felicidade

O título desta postagem é a tradução de um dos mais famosos trechos da Declaração de Independência dos Estados Unidos da América. Essa simples frase é repetida como um pequeno mantra ético do país e foi reescrita no streetsblog para se adequar a uma nova lógica em nascimento nos EUA e ao redor do mundo. Cidades cada vez mais adotam o lema da " Vida, Liberdade e Busca pelo Espaço Público". - Por João Lacerda / Espaço Público

O século XX do automóvel redistribuiu o espaço urbano e fez das ruas local de fluxo. A perda de qualidade de vida salta aos olhos e está sendo revista.
Urbanóides mundo afora já promovem a mudança de percepção que irá construir as cidades do futuro. Um espaço onde o mais importante seja a vida, a liberdade e a busca pela felicidade.
Uma única rua foi aberta para as pessoas em apenas 72 horas. Os comerciantes foram contra, haviam muitas incertezas. O prefeito da cidade era Jaime Lerner, o ano 1972. Hoje, o calçadão da Rua XV de Novembro é rota preferencial para quem caminha no centro de Curitiba e passeio obrigatório para o turista.
Coragem e determinação foram responsáveis por uma pequena revolução urbana que colocou a cidade de Curitiba como um importante exemplo mundial na promoção da qualidade de vida. Somados aos corredores de ônibus, um transporte de massa rápido e fácil de ser implantado, capital paranaense inspirou o mundo. Os sistemas de " canaletas" como dizem os curitibanos ou 
Bus Rapid Transit (BRT) na  versão estrangeira, se espalharam para diversas cidades do planeta.
Imagens da rua XV de novembro - Curitiba- 


Uma atitude inicial, tomada há mais de três décadas revolucionou Curitiba. Por lá os desafios hoje são outros e um dos motivos para que a cidade tenha crescido tanto, foi justamente a capacidade de atrair moradores. Todos atraídos a irem morar em um lugar cuja qualidade de vida ganhou fama mundial. Em pleno século XXI, o que era revolução em 1972, tornou-se uma necessidade urgente em quase todas as grandes cidades do mundo.
Mais um exemplo de coragem de visão de futuro e de não ter medo de errar. 

Espero que os administradores e administrados desta nova cidade que desejo, sejam corajosos e também não tenham medo de errar.
Exemplos de ruas para pedestres, compartilhadas com a bicicleta e carro só com trânsito local, transformam o centro da cidade mais humano, mais participativo onde as pessoas se encontram mais, conversam mais, se interagem mais além de tornar a cidade mais segura, menos barulhenta e menos poluída.
Com isto a qualidade de vida é superior àquelas cidades onde não se utilizam desse meio mais humano de convivência.

Abaixo exemplos de cidades voltadas para as pessoas, onde a convivência pacífica entre seus habitantes é de excelente qualidade, bem como a qualidade de vida.





















Grato amigos por mais essa leitura.

A ti Senhor por mais uma postagem. - Amém.



sexta-feira, 21 de junho de 2013

14- Dias Melhores Virão.


Sabemos que a luta é longa, árdua e bastante difícil até que alcancemos os objetivos traçados nos planos da mobilidade urbana que julgamos ser útil e que irá trazer melhoras bem significativas para todos os moradores desta prazerosa cidade de Pedro Leopoldo de aproximadamente 60.000 habitantes.
Como já citei em postagem anterior e volto a citar aqui também, a vantagem que a nossa cidade tem em relação a muitas cidades mineiras - a área central totalmente plana e convidativa à caminhada e pedalada. Possuidora desta vantagem e não saber aproveitá-la bem, isto nos deixa bastante triste e decepcionado pois quantas cidades no estado de Minas Gerais, não utilizam mais a bicicleta  devido ao relevo montanhoso? Sabemos também que uma mudança de hábito até mesmo dentro de nossa casa é difícil, tanto a implementação e a manutenção,quanto mais em uma cidade.Mas apesar de ciente de tudo isso, convido a todos a persistirmos em nossos objetivos e a não esmorecermos, conforme também nos mostra o texto a seguir de William Cruz - publicado no VádeBike (Itaú).











 "Pioneiros, os ciclistas que hoje desbravam as ruas e impõem seu direito de circulação abrem caminho para as próximas gerações, que em pouco tempo ajudarão a tornar nossas cidades mais humanas, agradáveis e cicláveis.
A mudança já começou e os sinais são claros. A quantidade de bicicletas nas ruas aumenta a cada dia. Cada vez mais pessoas têm parentes, amigo ou amores que pedalam, passando a ver quem se desloca em bicicleta como cidadãos e não como obstáculos ao fluxo do automóvel.
O assunto é cada vez mais debatido e a parte boa da imprensa tem mudado de foco, defendendo o direito de uso da bicicleta e buscando esclarecer como esse uso pode mudar as cidades. Pessoas de visão no executivo e no legislativo começam a mudar de opinião sobre a importância das pedaladas e a necessidade de proteger os ciclistas, esforçando-se, ainda que de forma trôpega, para mudar as políticas estabelecidas e o planejamento urbano voltado unicamente ao automóvel.
A adaptação das cidades e da sociedade ao uso da bicicleta é lenta, difícil, custosa, mas já se colocou em movimento e não pode ser parada. Nossa urgência de mudanças, de proteção às nossas vidas, por vezes nos faz pensar que nada caminha, os retrocessos nos frustram, as falhas em projetos e iniciativas nos desanimam. Mas analisando por uma perspectiva histórica, a mudança é inequívoca. Basta avaliar os últimos dez anos.
A mudança trazida pela bicicleta traz as cidades mais próximas das pessoas, beneficia também os deslocamentos a pé, promove uma interação com o ambiente urbano, um resgate da cidadania e da sensação de apropriação do espaço público, no sentido de usufruto e de responsabilidade.
Cidades cicláveis e acessíveis beneficiam a todos – até a quem, ainda assim, desejar continuar usando o automóvel. Aos que não acreditam, o tempo mostrará.
Continuem pedalando. Continuem mudando o mundo. Continuem acreditando e lutando porque dias melhores virão."
No nosso caso aqui em Pedro Leopoldo, a semente foi plantada no dia 02 de fevereiro de 2013, quando levei ao conhecimento de nossa Prefeita algumas ideias e a solicitação de recuperação das ciclovias abandonadas que ligam o bairro de Dr. Lund ao centro e a ciclovia que liga a região norte ao centro. A criação de uma, que liga o bairro Sto Antonio da Barra ao centro e algumas idéias de implantação de ciclofaixas na região central e de vias compartilhadas.
Notei na nossa prefeita Eloisa demonstração de interesse e citações de que no próximo ano de 2014 alguma ação deverá ser tomada no sentido de estudar a viabilização das solicitações.

E agora, nas recentes manifestações populares em Pedro Leopoldo, foi incluída solicitação de ciclovias para nossa cidade, reflexo de apelos, e de campanhas de conscientização e esclarecimento da utilidade das bicicletas nos dias atuais onde os espaços para os carros (devido ao grande número existente) não dá mais para serem ampliados. Qual a saída? Utilizar transportes alternativos ou seja, coletivo, bicicleta e caminhada. Não há outra saída. As quais são também sustentáveis e não agridem ao meio ambiente.

Mais uma missão cumprida amigos. Espero realmente que esse esforço nos traga dias melhores para todos.
A ti Pai agradeço sempre e a nossa fé em ti só nos dará dias melhores. Amém. 

sexta-feira, 14 de junho de 2013

13- Vamos pedalar enquanto esperamos as ciclofaixas e ciclovias.


PEDALAR EM DE PEDRO LEOPOLDO É BOM?

Sim é, mas bom mesmo é pedalar com maior segurança e sem acidentar-se.

Quando a população de uma cidade ainda não está devidamente educada para se comportar no trânsito como determina as leis do CTB, sempre teremos conflitos e acidentes. Aqui estão mais algumas dicas para lembrar aos participantes do trânsito como deve ser o comportamento de todos e dessa maneira tornar a convivência mais harmoniosa.
Antes de culpar o outro, descubra qual é seu erro e você descobrirá a solução para o conflito entre veículos motorizados e não motorizados.
Para o ciclista em qualquer lugar: ( extraído do site: www.escola de bicicleta.com.br)
1. seja educado
2. obedeça as leis de trânsito
3. sempre sinalize suas intenções de mudar de direção ou parar ou diminuir a velocidade.
4. use roupas claras ou chamativas durante a noite.
5. mantenha os refletores limpos
6. evite ruas e avenidas movimentadas, a não ser que haja faixa exclusiva para bikes nas mesmas.
7. mantenha-se à direita e na mão de direção
8. não faça zig-zag: procure pedalar mantendo uma linha reta
9. aprenda a ouvir o trânsito e a respeitar o pedestre e o condutor de veículos.
Curiosidades
Você sabia que: Mais da metade dos acidentes entre veículos e bicicletas o ciclista foi considerado o culpado?
Se o ciclista seguir umas poucas regras básicas o risco de acidente cai praticamente a zero. Sempre haverá possibilidade de alguma tensão ou conflito, mas será bem mais difícil a ocorrência de um acidente. 
Por experiencia própria pedalar em Pedro Leopoldo é bom, apesar de não termos ainda ciclofaixas e ciclovias para uma maior segurança. Lógico que se tivéssemos uma sinalização própria para as bicicletas, as mesmas seriam mais respeitadas e poderiam ser mais cobradas no que tange à obediência das leis do transito.



 Ciclofaixa, obra de baixíssimo custo e de um grande benefício para todos ciclistas e motoristas pois põe ordem no trânsito;indicando ao ciclista que alí é a sua faixa exclusiva e o sentido de transito obrigatório.



 Implementação de paraciclos em locais estratégicos para estacionamento temporário das bicicletas dando uma maior organização na cidade.




 Implementação de sinais de trânsito para as bicicletas, obrigando aos ciclistas a respeitá-los.
Para obtermos o que queremos temos que mostrar aos administradores de Pedro Leopoldo que somos muitos, mas muitos mesmo, os que usam a bicicleta para seu deslocamento ao trabalho às compras às escolas e aos passeios. E fazê-los ver que são muitos também, os que não a usam por falta de uma infraestrutura que beneficie a bicicleta dando mais segurança ao ciclista. Com isto os administradores entenderão que os investimentos em infraestrutura para as bicicletas (que são bem menores dos que para os automóveis) não serão em vão. Seguir as recomendações acima é essencial para a boa disciplina no trânsito e assim evitarmos na medida do possível, acidentes envolvendo o ciclista.

PEDALAR TRANQUILO
Acredite no que a prática de mais de 100 anos diz. Segurança no trânsito, de verdade, é construída a partir da experiência, que vira estatísticas, o que permite construir uma ciência, que acaba mostrando o que é de fato seguro ou não. Isto vale para os condutores de todos veículos, incluindo o ciclista. Lendo documentos oficiais e de especialistas, do mundo inteiro, é possível afirmar sobre a segurança no trânsito do ciclista:

O QUE NÃO SE DEVE FAZER:
1. Nunca pedale na contra-mão, a não ser que esteja sinalizado
2. Não pedale onde o motorista não o possa ver
3. Nunca entre com tudo nos cruzamentos, esquinas ou saídas de estacionamentos
4. Nunca force uma situação contra um carro, moto ou ônibus
5. Não pedale muito próximo do meio fio (pedale no meio da faixa)
6. Não fique olhando para trás o tempo todo, olhe somente o tempo necessário para perceber o trânsito no caso de necessidade de mudança de direção ou faixa. Preocupe-se com o que vem pela frente
7. Não use walk-man


Vamos colaborar e lutar por uma NOVA PEDRO LEOPOLDO.

Grato pela leitura meu amigo.
Obrigado Senhor por mais uma postagem.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

12- Bicicleta é mais que ciclovias

Vivemos em uma sociedade que ainda precisa reconhecer os benefícios universais da bicicleta e implementar de maneira consistente medidas de valorização do uso da mesma.
O ciclista urbano, aquele que escolheu a bicicleta por opção, sabe que ela é instrumento fundamental para a readequação urbana. A bicicleta já é conhecida pelo seu potencial, mas quem busca promove-la ainda tem um longo caminho a percorrer na formatação do discurso.
Ciclovias, carrovias, ferrovias, vias de pedestres, corredores de ônibus,  pistas de skate. Qualquer um desses elementos só faz sentido quando se costura no tecido urbano.

Dentro dessa lógica, uma cidade saudável tem dois elementos principais o espaço de circulação e o de permanência, sendo que esses dois elementos se dividem entre públicos e privados. Ruas e calçadas são espaços públicos de circulação, um estacionamento de um supermercado é um espaço privado de circulação. Uma praça é local de permanência (ou visitação) pública, um centro de compras é um equivalente privado.

Tornar nossa cidade melhor é pensar além dos espaços segregados, é compartilhar harmoniosamente as ruas entre os diferentes modais de locomoção, é criar espaços agradáveis para permanência (praças, jardins, parques... etc.), é pensar nas necessidades humanas acima de todas as outras e não só em poder circular melhor com o carro.

Ruas em Erlangen - Alemanha, rua compartilhada onde o pedestre tem prioridade, as crianças podem brincar. Os carros trafegam lentamente e as bicicletas têm prioridade sobre os carros.

Espaço de circulação exclusivo para pedestres e bicicletas 

Transporte coletivo de boa qualidade.
Calçadão no centro, ciclistas só desmontados.
 

Locais de permanência de boa qualidade

Em P.L. local de entretenimento e permanência.


A mobilidade urbana sustentável, é o que define a figura ao lado,
mais transportes de propulsão humana e coletivo e menos transporte
motorizado individual.




O conceito é bastante simples ainda que possa parecer de difícil implementação. A realidade é que por meios dos incentivos certos, os primeiros passos podem ser dados.
Trazer pessoas para circular nas ruas é fundamental e para isso é preciso que o espaço de circulação humana seja seguro e agradável. Infra estrutura adequada implica em mais pessoas que optam por ir à pé, de bicicleta, patins, skate, etc. Serão essas pessoas que ao mesmo tempo irão requalificar o espaço e atacar o que hoje costuma ser um dos impedimentos para a circulação em meios de transporte ativos, o excesso de tráfego motorizado em nossa pequena e agradável cidade de Pedro Leopoldo.

Para incentivar pessoas a percorrerem distâncias curtas em meios de transporte ativos e não poluentes é necessário melhorar a infra estrutura de circulação. Ainda assim, sei que nem todos poderão resolver todas as suas necessidades fazendo uso só do transporte não poluente, mas que o façam somente quando não for possível outro meio de locomoção. Esta pessoa estará ajudando em muito a todos, ao meio ambiente e também a si mesmo. 

O caminho é longo, mas através de opções individuais inteligentes pelo meio de transporte mais adequado para cada percurso e pressão junto ao poder público para melhorias na infra estrutura de circulação humana e do transporte público estaremos no caminho certo para uma cidade melhor, mais humanizada,menos poluída e mais aconchegante.

Pedro Leopoldo tem uma grande vantagem sobre as grandes cidades. Nós moradores temos tudo que precisamos para nossas necessidades diárias à uma distancia perfeitamente caminhavel ou pedalavel. Principalmente para aquelas pessoas que moram na área central ou nos bairros mais próximos ao centro. Infelizmente também não possuímos um transporte coletivo decente ainda, o que às vezes incentiva a população a usar o transporte individual motorizado. Como já mostrei em postagem anterior a maior distancia percorrendo em linha reta de norte a sul na área central e plana de Pedro Leopoldo é de 2 km e a maior de leste a oeste é de 900 m.

São distancias perfeitamente caminhaveis  ou pedalaveis. Não se justifica então o uso excessivo do automóvel para deslocamentos de moradores na área central e bairros mais próximos a esta. Repensemos... e que tal utilizarmos mais transporte ativo não poluente ou coletivo para estes deslocamentos?
Pense e reflita sobre essa pergunta. Com uma estrutura melhor de passeio, de ciclofaixa e de transporte coletivo, você que usa seu automóvel 70% ou mais das vezes em suas viagens pela cidade, diminuiria o uso do mesmo?

Grato pela leitura e colaboração. Você está ajudando a construir a NOVA PEDRO LEOPOLDO – a cidade que lhe desejamos- a partir do momento em que se decidir a colaborar com medidas que provavelmente não serão de seu agrado pessoal mas serão benéficas ao meio ambiente, à humanização da cidade, ao bem estar da coletividade, a todos em fim.  

Obrigado Senhor por mais este material.
Amém.