quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

# 136 - PLANO DE AÇÃO, ALTERNATIVO SUSTENTÁVEL. PARA PEDRO LEOPOLDO.


 A nossa cidade hoje.
O que será de Pedro Leopoldo, se não fizermos alguma coisa em prol da mobilidade sustentável da mesma? 
Faço esta pergunta, porque PL seguindo a maioria das cidades brasileiras, contempla somente o automóvel e não a todos os meios de transporte que seus habitantes optam por usar.

As cidades brasileiras, chegaram a um ponto em que o simples ir e vir tem ficado a cada dia mais impraticável. O trânsito e a mobilidade já ocupam o topo da insatisfação do cidadão. Mas, assim como em um simples cruzamento, a solução não partirá apenas de um lado da via. Todos os envolvidos precisam participar de um acordo para que se chegue a um termo comum, em prol da (re)construção dos centros urbanos pelas pessoas e para as pessoas.

A questão envolve, além do cidadão - que antes de tudo é um pedestre, o poder público, os planejadores urbanos, os órgãos de trânsito, os comerciantes, os motoristas, motociclistas e ciclistas e também as empresas. –
Qual é a responsabilidade de cada um desses atores e setores? E que tipo de contribuição podem oferecer? O que estão dispostos a empenhar em benefício de uma solução coletiva?

É impossível falar de mobilidade sem discutir o espaço urbano, e que a cidade é um sistema complexo. Por isso, convidamos cada uma das partes a debater a questão sob diferentes olhares: econômico, cultural, ambiental e social.

O Espaço Urbano
Nas cidades brasileiras, e em especial nas dos países do Terceiro Mundo, há forte presença de aspectos de desordem, sendo comuns e muito visíveis as desigualdades sociais que se traduzem em arranjos desordenados de habitações e aglomerados urbanos. Os espaços viários tornam-se inadequados para comportar de maneira harmônica a quantidade crescente de veículos motorizados e pessoas que realizam seus deslocamentos a pé ou de bicicleta.
O reconhecimento dessa realidade, denota a urgência da criação de processos e ações voltadas à transformação dos espaços urbanos mais igualitários que gerem oportunidades reais às citadas modalidades de deslocamento, e não só para a motorizada.  – Concordam?

Muitos países já perceberam isso, e já mudaram o seu modo operante com respeito à preferência de circulação dos modais no palco urbano redesenhado. O Brasil, parece também haver percebido isso e em 2012, o congresso nacional aprova depois de 17 anos de discussão, a lei de Mobilidade Urbana Sustentável de no. 12.587, que inverte a ordem de preferência dos modais nas vias brasileiras, dando total preferência aos modais de propulsão humana e aos transportes coletivos no deslocamento das pessoas.

Um alerta à  nossa cidade
Não podemos ficar alheios às mudanças que vêm ocorrendo pelo mundo afora e também em muitas cidades brasileiras, no que se refere ao uso democrático e sustentável do espaço urbano.- Quero aqui expressar a minha preocupação e deixar o meu alerta à todos dessa cidade.
É fato que um crescente número de veículos motorizados vem se agregando ao já grande número existente.                 
Vejam estatística de Dezembro de 2006 =    14.193 veículos motorizados
            Estatística de Dezembro de 2016 =     30.187 veículos motorizados
                                           Junho de 2019=       33.787 Veículos motorizados
E como o espaço é finito, será possível absorver todo o aumento de veículos motorizados sem deteriorar-se mais o espaço público com frequentes engarrafamentos, aumento de acidentes e do stress provocado pela falta de mobilidade?

OBJETIVOS DO PLANO
-       prover aos habitantes da cidade de Pedro Leopoldo a opção de locomoverem-se utilizando a forma modal mais conveniente e saudável para o meio ambiente e para a cidade, pensando no coletivo e não só em si.
-       promover uma melhora considerável na saúde de seus habitantes, através da caminhada, não só dos pedestres mas também dos condutores de veículos motorizados, já que os mesmos com o redesenho do fluxo da área urbana, poderão estacionar os seus veículos a distâncias que lhe permitam caminhar de 8 a 15 minutos (600 a 1200m) até o seu destino.
-       diminuir a quantidade de veículos em circulação pela cidade, diminuindo-se em consequência a poluição sonora e do ar. Sem essa conscientização o sucesso do plano ficará em risco, pois não haverá espaço para circulação de todos. Cabe portanto a cada cidadão de PL que utiliza o automóvel como seu único meio de transporte, fazer uma reavaliação desse uso e utilizar também outro meio de locomoção em paralelo.
-       Tornar a área central de PL , mais voltada para as pessoas, com a implementação de calçadões em boa parte do centro, onde a convivência entre seus habitantes se fará de uma forma mais humana, transformando a área central de PL mais bonita e convidativa para nela se caminhar.
-       incentivar mais ainda um bom número de pessoas que possuem bicicleta, e não a utiliza,  devido à falta de segurança por não haver faixas exclusivas para as bicicletas.

         Havendo interesse dos setores e atores aqui mencionados em conhecer e    debater o plano em maiores detalhes, estou à disposição.