terça-feira, 16 de novembro de 2021

# 152 - Por Uma Mobilidade Urbana Sustentável e Segura


Compartilhar ruas, respeitar o mobiliário urbano, cumprir normas de convivência são elementos-chave do que se conhece hoje como pedagogia social.

O automóvel teve e continuará tendo um papel importante nos deslocamentos, mas a massificação do veículo exige, pelo menos, a reflexão sobre o chamado "uso racional do carro”.

No século passado, o carro era o protagonista; portanto, as cidades eram desenhadas para ele. Hoje, o protagonista é o pedestre, o cidadão. Os projetos de muitas cidades brasileiras  não são modernos nesse sentido.

É essencial priorizar a segurança sobre o fluxo, proteger os mais vulneráveis – pedestres e ciclistas –acalmando o trânsito com criações de ‘zonas 30’ em ruas de origem e destino.  Além de   respeitar os semáforos e a prioridade nos cruzamentos e faixas de pedestres.

A falta de segurança, ainda gera muitos acidentes e despesas altas.

Por isto sou favorável à adoção de campanhas agressivas, com imagens e imperativos fortes, como; você vai se matar; use cinto por favor. 

E sobre a polêmica? É impossível contentar a todos. 

Ponto de consentimento é que nossas cidades continuarão crescendo e, com elas, as necessidades de locomoção. "A solução dos problemas de mobilidade se transformou em um dos grandes desafios aos administradores públicos e de seus acertos ou erros dependerá em grande parte a competitividade futura de seus territórios. Este é o desafio sugerido, conseguir cidades mais humanas, mais razoáveis, mais sustentáveis e mais seguras, ou dizendo de outro modo: deixar às futuras gerações cidades das quais possamos nos orgulhar”, 


segunda-feira, 8 de novembro de 2021

#151 - PLANO CICLOVIARIO PARA PL

Observa-se que as autoridades de nossa cidade não estão nem aí para  melhorar a Mobilidade Urbana no Município. Então nós cidadãos ativistas, cada um na sua área de melhor desempenho, vamos sugerindo aos mesmos soluções que acreditamos irá contribuir muito para essa melhora na Mobilidade do Município.  


Município implementa modelo pop-up de vias partilhadas, redução de velocidade e criação de rede ciclável de ligação ao centro da Cidade

O Município de Pedro Leopoldo está para implementar o modelo pop-up de vias partilhadas entre veículos automóveis e bicicletas, um projecto de segurança rodoviária e de promoção da mobilidade ciclável que testa novas estratégias para a circulação de bicicletas e efectua a ligação em rede ao centro da cidade, principais estabelecimentos escolares e outros polos geradores de mobilidade através de ruas secundárias.

O Município de Pedro Leopoldo considera determinante reduzir a sinistralidade rodoviária e, para tal, a velocidade de circulação do automóvel tem que ser compatível com os modos suaves. Em zonas habitacionais, bem como na proximidade de equipamentos como as escolas, a velocidade de circulação deve ser inferior a 30 km/h. Assim, o projecto será complementado com medidas de acalmia e com a restante rede ciclável segregada que está abandonada.
Estes circuitos, interligados entre si, estabelecem ligação entre locais estratégicos da Cidade, tais como:
  • Região da cidade ao Centro
  • Distrito de Dr. Lund ao Centro
  • Distrito de Vera Cruz ao Centro
  • Bairro Triângulo ao Centro

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

#150 - A rede de vizinhos protegidos.

O QUE È UMA REDE DE VIZINHOS

É a organização dos moradores de um bairro ou rua ou um quarteirão em prol da segurança pública dos mesmos. A essência das redes de proteção é o trabalho em equipe, todos são responsáveis pela segurança de todos. Rede esta com assistência, orientação e apoio da Policia Militar.

COMO FUNCIONA

Os vizinhos sabem a rotina um do outro, e assim ao observar uma ação suspeita na rua, ou na casa de um vizinho, entrar em contato imediatamente com o vizinho que está a sofrer esta ação e também com demais vizinhos integrantes da rede. Em seguida, se a ação persiste, entrar em contato com a Policia Militar nos telefones 190 ou da Cia em PL 36631200.

Participo da rede de vizinhos protegidos da rua Dr. Rocha que abrange o quarteirão formado pelas ruas Dr.Rocha, Benedito Valadares e Dr. Roberto Belizario Viana.

Foto com alguns participantes da Rede na 1ºreunião com a PM.

AÇÔES QUE AJUDAM NA VIGILÂNCIA DA VIZINHANÇA

Este quarteirão já por costume e cultura é um quarteirão onde os moradores costumam se reunir com frequência em frente às suas residências para papear o que é comprovado pela existência de 12 bancos de concreto no mesmo. Alguns na Rua Dr.Rocha, outros na Benedito Valadares e outros na Dr.Roberto Belizario. 

EXEMPLO PARA OUTROS QUARTEIRÔES

O quarteirão em referência  é um exemplo a ser seguido por outros, pois possui diversas outras qualidades entre as quais destaco:

1- Limpo. Os moradores estão sempre a cuidar cada um da frente de sua casa. 

2- Arborizado. Diversos moradores plantaram as árvores em frente a sua moradia com a cooperação da Andrei Engenharia que fornece as mudas.

3- Sustentável. Uma boa maioria utiliza a caminhada e a bicicleta para seus deslocamentos diários. 

4- Amigável. A  colaboração entre a maioria dos residentes é grande e saudável.


AÇÔES PARA SE TER MELHOR QUALIDADE DE VIDA

a) Pretendemos, criar espaços seguros e livres dos carros, para a confraternização dos moradores, (crianças, jovens, adultos e idosos)  aos finais de semana.

b) Pretendemos com a ajuda da Transpl, implantar zonas de moderação de tráfego na redondeza em preferência aos quebra-molas, para que a velocidade máxima de circulação dos motorizados fique no máximo nos 30km por hora, tornando assim esta região segura para pedestres e ciclistas.



quinta-feira, 21 de outubro de 2021

# 149 SOLUÇÕES INOVADORAS PARA A NOSSA MOBILIDADE

 Esta sugestão, não irá resolver todos os problemas de Mobilidade de Pedro Leopoldo, mas nos ensinará uma lição fundamental: O CAMINHO PARA A MOBILIDADE URBANA É DIFERENTE PARA CADA CIDADE.

Um veículo confortável, com ar condicionado, te pega no ponto em cada PL (Parking Lot- Estacionamento) e lhe deixa próximo ao seu destino, quando você avisa ao motorista onde você irá descer do mesmo.

Estes Mini-Ônibus operam em rotas pré-determinadas pelo hipercentro, substituindo as viagens que antes os condutores de automóveis faziam em seus veículos.

 PENSE LOCAL, AJA LOCAL – CRIAÇÃO DE PLs – (Parking Lots).

No pensar local e agir local, creio ser plenamente possível, após as modificações acontecidas no trânsito, no redesenho da malha rodoviária e cicloviária de nossa cidade, com a justa redução do número de vagas para estacionar veículos motorizados no hipercentro e com as modificações que beneficiarão também aos pedestres e ciclistas, tornando nossas vias mais democráticas na sua utilização pelos diversos modais existentes, a criação destes PLs.

O QUE SÃO ESTES PLS

São espaços destinados ao estacionamento de automóveis vindos de uma outra cidade ou, de um outro bairro, que se dirigiriam ao hiper centro e lá ficariam estacionados nas vias para que seu condutor execute tarefas diárias ou caminhe até o trabalho. Estas viagens, serão substituídas por viagens de mini-ônibus, reduzindo assim o número de veículos em circulação e estacionados no hiper centro.

COMO FUNCIONARÃO ESTES PLs.

Os mesmos se situarão próximos a cada entrada da cidade e também próximos as entradas dos bairros ao hipercentro, os quais serão dotados de espaço e estrutura para estacionamento de veículos motorizados. Além disto em cada um deles haverá uma estação de bicicletas para aluguel e um bicicletário para que os condutores que moram nos bairros íngremes da cidade e queiram deixar suas bicicletas estacionadas ali, assim o façam, utilizando-as quando necessário ao invés de alugar uma.

Os mini-ônibus passarão a cada 15 minutos por estes PLs em horário de pico e a cada 30 minutos em horário fora dos mesmos. Com esta e outras ações já planejadas, a administração que abraçar a ideia estará dando um passo importante para uma considerável melhoria na mobilidade urbana do setor central.

Deixe seus comentários, por favor.

terça-feira, 19 de outubro de 2021

# 148 Por que as nossas crianças, pararam de ir à pé para a escola?

Estudantes do jardim de infância na década 1980 todas as manhãs partiam para a escolinha. Iriam juntar-se à dezenas de outras crianças do bairro sobre a migração para a escola.

Eles andavam a pé - ou de bicicleta - porque era a coisa óbvia a fazer.

Uma geração mais tarde, isto parece pura nostalgia. De acordo com pesquisas, a percentagem de estudantes de 11 a 13 anos que caminham para a escola hoje, diminuiu pela metade entre 1988 e 2018, enquanto que, o número de crianças que são conduzidas em carros quase triplicou. Uma organização nacional sem fins lucrativos estima que apenas 20% das crianças em idade escolar agora caminha ou anda de bicicleta até a escola. Os carros se tornaram o principal modo de transporte escolar.

No mínimo, é uma imposição da lógica adulta -  aos recém-chegados ao mundo, que estão muito mais interessados nas poças dágua, pessoas, plantas, animais e praticamente tudo o mais que existe no meio do caminho de casa até a escola.

Mas a decisão em massa de ir à escola também é um problema. Diminui a funcionalidade das nossas cidades, a qualidade do ar e a nossa pretensão de levar a sério as alterações climáticas. É, em termos muito reais, ruim para nossos filhos.

O declínio no andar a pé e de bicicleta, levou a uma florescência de pesquisas que correlacionam a caminhada ou o ciclismo à escola com tudo, desde melhor atenção, saúde mental, competência social e aptidão física. Como os nossos avós nos diziam: É bom começar o dia com um pouco de ar fresco e exercício físico. No entanto, optamos por conduzir. Por quê?

Uma pesquisa nacional de 2015, de prevenção de lesões, revelou que a principal preocupação dos pais com as crianças que caminham para a escola era a velocidade dos carros, o trânsito e o rapto.

Essas preocupações, são questionáveis. Em termos puramente estatísticos, uma criança tem mais de quatro vezes mais probabilidade de morrer numa colisão do que de ser raptada por um estranho. E ao dirigir para a escola, os pais estão apenas contribuindo para o congestionamento e os perigos reais das ruas. Os pais consideram o tráfego como um problema gerado por outros. 

Estão sendo executados projetos-modelo em todo o país - em parceria com autoridades de saúde pública, municípios, conselhos escolares e polícia para desenvolver estratégias para inverter a maré. Esse tipo de abordagem coordenada é essencial. E a Secretaria Municipal de Educação de nossa cidade, tem que participar disto também.  

Mas, embora a infraestrutura para pedestres seja crítica, o obstáculo mais obstinado para caminhar até a escola pode ser os próprios motoristas. Levar as crianças à escola é parte de um quadro mais amplo, no qual uma geração de pais priorizou a estrutura e a supervisão na vida de seus filhos em detrimento da liberdade e da independência. Nós nos convencemos - e nossos filhos - de que eles estão melhor em uma bolha sobre rodas do que arriscar quaisquer variáveis que o mundo exterior possa lançar sobre eles.

Os resultados têm sido; crianças de 5 a 12 anos passam uma média diária de três horas em telas, enquanto apenas duas em cada cinco recebem a hora recomendada de atividade física diária. Um terço dos pais entrevistados citou a falta de "maturidade" de seus filhos como justificativa para levá-los à escola.

Maturidade pode ser promovida, mas não no banco de trás de um carro. Pois há pais que optam por conduzir os seus filhos até à escola - muitas vezes a uma distância inferior a 600 metros.

De quem é esse fracasso realmente?  - É importante lembrar que certos subconjuntos de crianças literalmente não têm escolha a não ser serem conduzidas: crianças com deficiência, ou frequentando programas especializados longe de casa, ou saltando entre pais separados que vivem fora da área de influência da escola.

As escolas devem reconsiderar programas como o da Alemanha, que levou algumas escolas a criar uma zona livre de carros de 450 metros ao seu redor, impulsionando as crianças que são levadas à escola para caminhar no último trecho.

Precisamos defender o design urbano inclusivo.

Outro projeto de demonstração para dar às comunidades uma noção do que é possível fazer. A rua em frente a uma escola será fechada para todo o tráfego veicular durante as horas de entrega e coleta, seguindo um modelo de Ruas de Escola desenvolvido na Grã-Bretanha.

Estamos tão acostumados a que as coisas sejam de certa forma, que aceitamos sem questionamento. Precisamos aumentar as expectativas. Precisamos ser lembrados dos benefícios de um mundo menos movido a carros.

Chegar lá exigirá um esforço por parte da cidade, escolas e pais. Se deixarmos de tratar os nossos filhos como uma preciosa carga nos bancos traseiros, dar-lhes-emos a oportunidade de serem participantes ativos no seu mundo - e de tornarem esse mundo um lugar mais habitável e animado.

Obrigado, e até o próximo.

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

# 147 Um Recado ao Executivo e Legislativo de PL

 Na condição de representante dos ciclistas de Pedro Leopoldo  faço um manifesto , na  intenção  de chamar a atenção da administração pública que até o momento  parece ignorar a importância da bicicleta no contexto urbano.     

 Existimos, mas não nos veem. Não importa onde moramos, mas somos muitos e cada vez em número maior. No mais das vezes, se moramos longe, não foi por escolha, mas por pura necessidade, e o transporte público cada vez mais caro, economizamos ao pedalar.

Nem sempre fazemos os trajetos mais seguros, mas os que ligam nossas moradias com os locais de trabalho, percorrendo distâncias que podem ser até de mais de 8 quilômetros apenas para bater o ponto às 4 horas da manhã ou às 22 horas, para turnos de 8, ou 12 horas. Somos alguns de nós que fazemos o pão vendido cedo nas padarias...que vigiamos ou construímos, muitos estabelecimentos e residências...

Nossos caminhos são os possíveis, não os desejados. Nossos bairros, possuem nenhuma estrutura cicloviaria e assim, corremos o risco de morrermos atropelados ou ficarmos com sequelas. Somos Invisíveis durante a vida, Invisibilizados na morte.   Dividimos espaço com caminhões, com ônibus e automóveis. Convivemos com a precariedade de forma permanente. Às vezes, tão calejados, acostumamos a ela.  Às vezes, tão sofridos, acreditamos que seja assim mesmo.

E somos em número cada vez maior. Pois para quem não recebe nem vale-transporte, ir de bicicleta pode economizar no mínimo, pelo menos umas 45 passagens de ônibus por mês. E isso vira leite ou roupa para os filhos. Vira cimento pra bater laje. Paga conta de luz e conta na farmácia. –

A pouca estrutura cicloviária que tínhamos há alguns anos atrás, não temos mais, devido a nenhuma manutenção. Somos tão Invisibilizados que não há qualquer discussão sobre isso.  Ninguém lembra de nós em nenhuma reunião.  Nas poucas ciclovias que foram feitas o cimento se desfaz, os buracos aparecem, o mato cresce e obstáculos diversos surgem a cada dia, e as mesmas não se ligam às centralidades às quais nos dirigimos, pois as ligações necessárias não foram feitas. Os caminhos para bicicletas desaparecem   E carros e caminhões invadem o nosso espaço.

E nada se discute sobre isso. Como sempre, isso não ocupa as discussões, pois não somos ouvidos e nem vistos. Para muitos não existimos.

Somos nós que nos nossos caminhos, dividimos espaço com os motorizados, uma vez que ciclovias não foram construídas. Somos nós que pedalamos pelos  bairros, onde não há ciclovias, mas há pistas rápidas e quase sempre sem acostamentos. Somos nós que pedalamos muito até chegar no centro da cidade ou em algum bairro distante do nosso. E por mais que gritemos, ninguém nos ouve. Ninguém quer nos ver. Ninguém se importa. Não valemos nada?  É isso? Nossas vidas não valem nada pois somos humildes ciclistas? Não valem nada, apenas por que usamos o transporte mais barato e menos danoso?

 Somos menos cidadãos por consumirmos menos, por utilizarmos a bicicleta para nos locomover? 

Não, senhores, somos cidadãos como todos os demais. E assim devemos ser lembrados nas políticas públicas de mobilidade.  Nossas vidas, importam Sim!  

Por isto estamos aqui,  na certeza que o nosso bjetivo seja alcançado pois é de vital importância   a reestruturação do espaço viário de nosso município, para a implantação de infraestruturas para as bicicletas conforme determina, a lei Federal de Mobilidade Urbana, 12.587/12,  que instituiu a Política Nacional de Mobilidade Urbana.  

Um estudo feito pela administração pública de PL, no  ano de 2015, por empresa especializada,  também contempla a implantação de ciclovias no município. Então, que se revitalizem as ligações para a estrutura  cicloviária outrora existente, e que se construam novas, para conectar todo o município, dando alternativa aos que assim desejarem, de utilizar a bicicleta como seu meio de transporte, economizando tempo, dinheiro e ganhando saúde.

Portanto, poder público de Pedro Leopoldo, abra os olhos e nos enxergue, tire os tampões dos ouvidos e nos ouça!  Nossas vidas importam sim!  Nós somos muito necessários para o desenvolvimento e sustentabilidade do município, pois se o transporte em duas rodas não fosse tão importante, Como  explicar a atual demanda pela bicicleta  no Brasil e no Mundo?  - .

 

quarta-feira, 1 de setembro de 2021

# 146- Seriam os "quebra-molas" a única solução?

 As lombadas devem obedecer à resolução 600 de 24 de maio de 2016 do CONTRAN , devem obrigatoriamente ser sinalizadas e podem ser de dois tipos de tamanho. No tipo 1 devem ter as medidas de 8 cm de altura por 1,5 m de largura, no tipo 2 devem ter 10 cm de altura por 3 m de largura, ambos com o comprimento igual a largura da rua. Devem ser utilizados somente em último caso para a prevenção de acidentes.

Lombada com medidas corretas obedecenfo resolução. 600 Conatran

Vejo a toda reunião ordinária da Câmara Municipal de PL, que é preocupação geral, tentar a todo custo, diminuir a velocidade dos veículos motorizados no trânsito de nossa cidade na tentativa de prevenção de acidentes, hoje com nova nomenclatura, sinistros de trânsito. Moradores de diversos bairros solicitam aos Vereadores providências para barrar a alta velocidade praticada por diversos condutores irresponsáveis que não obedecem o limite de velocidade das vias. 

Como no Brasil só se conhece e se utiliza as" lombadas" ou "quebra molas" como medidas preventivas, a nossa cidade é hoje conhecida como a "Cidade dos Quebra-molas" fato este que impacta negativamente na qualidade de condução também para os condutores que respeitam a sinalização, pois havendo qualquer descuido, falta ou má sinalização nos locais destas lombadas o impacto, mesmo à baixa velocidade, provoca muito desconforto uma vez que nem todos os "quebra-molas " foram corretamente construídos obedecendo a resolução 600  do CONTRAN.

Como exemplo do excesso de lombadas construídas em nossa cidade, cito os trechos: PA central até a APAE, com 1,5km de extensão e 11 quebra-molas, e o trecho do PA central até a rotatória da Precon passando-se pela Rua Rivadávia, com 3,6km de extensão e 20 quebra-molas. No primeiro temos 1 quebra molas  a cada 135 metros e no segundo um quebra-molas a cada 180 metros.

IMPACTO NAS AMBULÂNCIAS

Uma péssima situação com estes quebra-molas é vivenciado diáriamente pelas ambulâncias que transportam nossos doentes, ou feridos em macas, muitos com medicamentos venoso, com algum tipo de fratura etc. os quais sofrem horrores quando passam por estes quebra-molas, pois não deixam de sofrer impacto mesmo em baixa velocidade, devido a maioria, estarem em desacordo com a resolução 600.

QUAL SERIA  A SOLUÇÃO?

Recorrer ao que é praticado em países mais avançados, onde raramente se utiliza lombadas com a frequência, finalidade e formato que aqui se pratica. Então pensei cá com meus botões; "tenho tantas imagens e vivência de como funciona em outros países, principalmente na Alemanha e por que não apresentá-las, com a intenção de ajudar, aos Edis de nossa cidade para conhecerem e assim exigirem do setor responsável pelo trânsito de PL a utilização de tais intervenções viárias, conhecidas como "Acalmia ou moderação de Tráfego". 

MANUAL DE SEGURANÇA VIÁRIA OMS, 2008

De acordo com este manual, pedestres, ciclistas e motociclistas são agentes vulneráveis e têm suas chances de sobrevivência reduzidas quando são atropelados ou colidem com um veículo motorizado em velocidade igual ou superior a 50km/h. Já as chances de sobrevivência aumentam se o veículo trafega a 30km/h ou menos.

Reduzir a velocidade dos veículos motorizados, incentiva pedestres e ciclistas a se deslocarem, e diminuem drásticamente o número de sinistros no trânsito e este é o principal motivo que diversas cidades utilizam esta técnica de acalmar o tráfego, que é uma estratégia de engenharia de tráfego, de regulamentação e de medidas físicas, que induzem os motoristas a um modo de dirigir mais apropriado à segurança e ao meio ambiente.

Pedro Leopoldo precisa ter uma política pública séria e bem definida para a mobilidade humana, que valorize mais as pessoas e menos os carros. Mudanças para uma nova cultura voltada para as pessoas faz-se necessário.

DISPOSITIVOS DE MODERAÇÃO DE TRÁFEGO

 Tenho a satisfação de aqui mostrar a todos, alguns dispositivos de moderação de tráfego amplamente utilizados em outros países e que tive a oportunidade de ver e sentir a sua eficiência, na redução de velocidades no trânsito urbano, sem o impacto provocado pelas lombadas (o moviemto de subida e descida brusca) que tanto incomodam principalmente aos que estão em macas nas Ambulância.

ALGUNS SLIDES - DISPOSITIVOS DE MODERAÇÃO DE TRÁFEGO.








sábado, 28 de agosto de 2021

#145 A Melhor Rua da Minha Cidade

 Qual o melhor lugar para morar?

Escolher o lugar para morar, envolve muitas questões. A localização é um dos fatores mais importantes.
O lugar onde você mora, exerce muita influência sobre a sua qualidade de vida. Qualquer escolha nesse sentido, deve ser feita respeitando uma série de critérios que precisam ser definidos antes de começar a busca do novo lar.

Faça um levantamento dos seus deslocamentos mais frequentes. Esse é um item bem importante para quem não abre mão de tomar o café da manhã sem pressa, ler as notícias do dia e dar uma olhada nas redes sociais antes de sair de casa.

Prefira  o bairro que permita deslocamentos menores ou mais fáceis. A rotina determina seu conforto e qualidade de vida. Considerar a distância ou o trânsito que você enfrenta para chegar aos pontos que precisam ser visitados diariamente, pode significar menos stress e mais horas úteis no seu dia a dia. Um bairro mais próximo ao seu local de trabalho ou à escola de seus filhos ou que tenha boas vias de acesso é mais conveniente do que outro que não apresenta essas qualidades. Um bairro que ofereça a conveniência de mercados, farmácias, academias e comércio ao redor com certeza facilitará sua rotina.

Não esqueça da mobilidade 
Mobilidade tem tudo a ver com deslocamento. É uma coisa que vem tornando os bairros mais modernos e desejados. Mobilidade é um assunto que vai além de você poder se locomover de um lado para o outro. A ideia é agregar eficiência ao processo.

Por exemplo: espaços determinados como ciclovias, devidamente sinalizados, permitem que você vá à padaria e volte sem gastar dinheiro com transporte, sem emitir gases poluentes com o consumo de combustível e ainda faça uma atividade física no caminho. Em alguns momentos, o trajeto pode ser feito até mais rápido do que de carro.

A Melhor Rua da Minha Cidade 
A mesma fica situada no centro da cidade numa localização privilegiada. Com destaque para o quarteirão em que moro, o qual é o mais limpo, agradável e amigavel de Pedro Leopoldo.

O quarteirão mostrado na foto acima, tem aproximadamente 150 metros e no mesmo, existem 19 edificações, sendo 02 edificações mais elevadas com 17 e 36 apartamentos respectivamente e outras 17 edificações baixas. Somados, temos em 150 metros de rua, 70 moradias e aproximadamente 200 pessoas (quando as edificações altas estiverem todas ocupadas).

A movimentação destas 200 pessoas pela rua trará uma certa segurança aos moradores, pois desta 19 edificações, 15 têm olhos para a rua, o que é mais um fator de segurança para o local. 

O quarteirão é bem sustentável pois em 14 das edificações, seus moradores possuem bicicleta e as utilizam em sua maioria como meio de transporte. O mesmo, tem uma característica peculiar, sendo considerado o mais limpo da cidade, pois todos os moradores varrem a frente  de suas moradias diáriamente, mesmo daquelas onde não há moradores no momento (2 delas). A maioria dos moradores é antiga e amigos uns dos outros, conservando a tradição de toda tarde, se reunirem em frente às residências e baterem um papinho e duas destas residência tem até bancos fixos para o bate papo, o que ajuda também na vigilância da rua.

Como em qualquer lugar do mundo, não existem só coisas boas, o local tem como ponto negativo, segundo a minha visão, é o que vemos em um dos lados da rua conforme foto abaixo:

Alguns moradores em um lado da rua construiram rampas nas calçadas, para favorecer o seus carros, esquecendo-se da preferência aos pedestres, princiapalmente idosos, e pessoas com dificuldades de locomoção.

Porém este quarteirão é tão bom, que do outro lado da rua, as calçadas estão isentas de tais obstáculos, permitindo a estes pedestres uma boa locomoção. Conforme foto abaixo: 
Quero aqui deixar meus cumprimentos aos moradores deste lado da rua por este fato muito importante que muitos de nossos cidadãos não se atentam para isto, e assim impossibilitam uma boa mobilidade dos pedestres.



segunda-feira, 21 de junho de 2021

# 144 - Vamos Acalmar as nossas Cidades?

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Quantas pessoas você acha que perderam suas vidas ou ficaram com sequelas devido aos acidentes ou sinistros  no trânsito de Pedro Leopoldo nos últimos 10 anos?

A resposta é; não sabemos.

E quantas pessoas você entende ser "aceitável" de morrerem no trânsito ou de se acidentarem? Uma? Dez? Cem? E se essa uma for um ou uma parente sua? E se dessas dez alguns forem os seus melhores amigos e amigas?

O que por aí se chama de acidente, na verdade, é uma consequência direta da forma como nossas cidades foram projetadas: para a circulação de automóveis, caminhões, motocicletas e ônibus em altas velocidades. Velocidades, estas, incompatíveis com a vida humana.

Já que não se tem estatística daqui de PL, mostro a de BH, para fazermos algumas considerações. Nos dez anos entre 2008 e 2017, nada menos que 1.214 pedestres, como você e eu, perderam suas vidas no trânsito de BH, você sabia disto?

Deste total, 19 tinham menos de 4 anos; 15 menos de 9 anos; 29 menos de 14 anos; e 25 menos de 19 anos. Foram, ao todo, 88 bebês, crianças e adolescentes que tiveram uma vida inteira interditada.

Por outro lado, do total de 1.214 pedestres mortos, 499 delas tinha idade superior a 60 anos. A razão? A nossa Beagá não foi pensada e construída para que pessoas idosas usufruam dela, quer seja para questões escolares (sim, idosos podem estudar!), de trabalho, saúde e, claro, lazer.

Uma cidade que desrespeita as pessoas idosas é uma cidade que desrespeita o seu próprio futuro, em especial num país em que as pessoas vivem mais e mais (com diferenças significativas com relação à raça e classe).

Para pararmos de matar nossas crianças, idosos e também jovens e adultos, precisamos repensar por completo que cidade é essa que vivemos, que cidade queremos viver amanhã, daqui 10, 20, 30, 50 anos.

Segundo relatório da Organização Mundial de Saúde, sem uma ação urgente, as mortes no trânsito continuarão aumentando, resultando em 2,4 milhões de mortes a cada ano até 2030 em todo o mundo.

O Banco Mundial estimou que países que não investem em segurança viária, e o Brasil está entre eles, podem perder algo entre 7% e 22% de potencial crescimento do PIB per capita em dois anos devido a mortes e invalidez causada por colisões de trânsito.

É fundamental que todas e todos compreendam que essa rotina de centenas de mortes anuais no trânsito pode ser evitada!

Podemos - e devemos (!!!) fazer mais por nós mesmos, pelos nossos próximos, por nossa PL e BH.

*Todos os dados de morte no trânsito têm como fonte o Tabnet do DataSUS.