sexta-feira, 22 de outubro de 2021

#150 - A rede de vizinhos protegidos.

O QUE È UMA REDE DE VIZINHOS

É a organização dos moradores de um bairro ou rua ou um quarteirão em prol da segurança pública dos mesmos. A essência das redes de proteção é o trabalho em equipe, todos são responsáveis pela segurança de todos. Rede esta com assistência, orientação e apoio da Policia Militar.

COMO FUNCIONA

Os vizinhos sabem a rotina um do outro, e assim ao observar uma ação suspeita na rua, ou na casa de um vizinho, entrar em contato imediatamente com o vizinho que está a sofrer esta ação e também com demais vizinhos integrantes da rede. Em seguida, se a ação persiste, entrar em contato com a Policia Militar nos telefones 190 ou da Cia em PL 36631200.

Participo da rede de vizinhos protegidos da rua Dr. Rocha que abrange o quarteirão formado pelas ruas Dr.Rocha, Benedito Valadares e Dr. Roberto Belizario Viana.

Foto com alguns participantes da Rede na 1ºreunião com a PM.

AÇÔES QUE AJUDAM NA VIGILÂNCIA DA VIZINHANÇA

Este quarteirão já por costume e cultura é um quarteirão onde os moradores costumam se reunir com frequência em frente às suas residências para papear o que é comprovado pela existência de 12 bancos de concreto no mesmo. Alguns na Rua Dr.Rocha, outros na Benedito Valadares e outros na Dr.Roberto Belizario. 

EXEMPLO PARA OUTROS QUARTEIRÔES

O quarteirão em referência  é um exemplo a ser seguido por outros, pois possui diversas outras qualidades entre as quais destaco:

1- Limpo. Os moradores estão sempre a cuidar cada um da frente de sua casa. 

2- Arborizado. Diversos moradores plantaram as árvores em frente a sua moradia com a cooperação da Andrei Engenharia que fornece as mudas.

3- Sustentável. Uma boa maioria utiliza a caminhada e a bicicleta para seus deslocamentos diários. 

4- Amigável. A  colaboração entre a maioria dos residentes é grande e saudável.


AÇÔES PARA SE TER MELHOR QUALIDADE DE VIDA

a) Pretendemos, criar espaços seguros e livres dos carros, para a confraternização dos moradores, (crianças, jovens, adultos e idosos)  aos finais de semana.

b) Pretendemos com a ajuda da Transpl, implantar zonas de moderação de tráfego na redondeza em preferência aos quebra-molas, para que a velocidade máxima de circulação dos motorizados fique no máximo nos 30km por hora, tornando assim esta região segura para pedestres e ciclistas.



quinta-feira, 21 de outubro de 2021

# 149 SOLUÇÕES INOVADORAS PARA A NOSSA MOBILIDADE

 Esta sugestão, não irá resolver todos os problemas de Mobilidade de Pedro Leopoldo, mas nos ensinará uma lição fundamental: O CAMINHO PARA A MOBILIDADE URBANA É DIFERENTE PARA CADA CIDADE.

Um veículo confortável, com ar condicionado, te pega no ponto em cada PL (Parking Lot- Estacionamento) e lhe deixa próximo ao seu destino, quando você avisa ao motorista onde você irá descer do mesmo.

Estes Mini-Ônibus operam em rotas pré-determinadas pelo hipercentro, substituindo as viagens que antes os condutores de automóveis faziam em seus veículos.

 PENSE LOCAL, AJA LOCAL – CRIAÇÃO DE PLs – (Parking Lots).

No pensar local e agir local, creio ser plenamente possível, após as modificações acontecidas no trânsito, no redesenho da malha rodoviária e cicloviária de nossa cidade, com a justa redução do número de vagas para estacionar veículos motorizados no hipercentro e com as modificações que beneficiarão também aos pedestres e ciclistas, tornando nossas vias mais democráticas na sua utilização pelos diversos modais existentes, a criação destes PLs.

O QUE SÃO ESTES PLS

São espaços destinados ao estacionamento de automóveis vindos de uma outra cidade ou, de um outro bairro, que se dirigiriam ao hiper centro e lá ficariam estacionados nas vias para que seu condutor execute tarefas diárias ou caminhe até o trabalho. Estas viagens, serão substituídas por viagens de mini-ônibus, reduzindo assim o número de veículos em circulação e estacionados no hiper centro.

COMO FUNCIONARÃO ESTES PLs.

Os mesmos se situarão próximos a cada entrada da cidade e também próximos as entradas dos bairros ao hipercentro, os quais serão dotados de espaço e estrutura para estacionamento de veículos motorizados. Além disto em cada um deles haverá uma estação de bicicletas para aluguel e um bicicletário para que os condutores que moram nos bairros íngremes da cidade e queiram deixar suas bicicletas estacionadas ali, assim o façam, utilizando-as quando necessário ao invés de alugar uma.

Os mini-ônibus passarão a cada 15 minutos por estes PLs em horário de pico e a cada 30 minutos em horário fora dos mesmos. Com esta e outras ações já planejadas, a administração que abraçar a ideia estará dando um passo importante para uma considerável melhoria na mobilidade urbana do setor central.

Deixe seus comentários, por favor.

terça-feira, 19 de outubro de 2021

# 148 Por que as nossas crianças, pararam de ir à pé para a escola?

Estudantes do jardim de infância na década 1980 todas as manhãs partiam para a escolinha. Iriam juntar-se à dezenas de outras crianças do bairro sobre a migração para a escola.

Eles andavam a pé - ou de bicicleta - porque era a coisa óbvia a fazer.

Uma geração mais tarde, isto parece pura nostalgia. De acordo com pesquisas, a percentagem de estudantes de 11 a 13 anos que caminham para a escola hoje, diminuiu pela metade entre 1988 e 2018, enquanto que, o número de crianças que são conduzidas em carros quase triplicou. Uma organização nacional sem fins lucrativos estima que apenas 20% das crianças em idade escolar agora caminha ou anda de bicicleta até a escola. Os carros se tornaram o principal modo de transporte escolar.

No mínimo, é uma imposição da lógica adulta -  aos recém-chegados ao mundo, que estão muito mais interessados nas poças dágua, pessoas, plantas, animais e praticamente tudo o mais que existe no meio do caminho de casa até a escola.

Mas a decisão em massa de ir à escola também é um problema. Diminui a funcionalidade das nossas cidades, a qualidade do ar e a nossa pretensão de levar a sério as alterações climáticas. É, em termos muito reais, ruim para nossos filhos.

O declínio no andar a pé e de bicicleta, levou a uma florescência de pesquisas que correlacionam a caminhada ou o ciclismo à escola com tudo, desde melhor atenção, saúde mental, competência social e aptidão física. Como os nossos avós nos diziam: É bom começar o dia com um pouco de ar fresco e exercício físico. No entanto, optamos por conduzir. Por quê?

Uma pesquisa nacional de 2015, de prevenção de lesões, revelou que a principal preocupação dos pais com as crianças que caminham para a escola era a velocidade dos carros, o trânsito e o rapto.

Essas preocupações, são questionáveis. Em termos puramente estatísticos, uma criança tem mais de quatro vezes mais probabilidade de morrer numa colisão do que de ser raptada por um estranho. E ao dirigir para a escola, os pais estão apenas contribuindo para o congestionamento e os perigos reais das ruas. Os pais consideram o tráfego como um problema gerado por outros. 

Estão sendo executados projetos-modelo em todo o país - em parceria com autoridades de saúde pública, municípios, conselhos escolares e polícia para desenvolver estratégias para inverter a maré. Esse tipo de abordagem coordenada é essencial. E a Secretaria Municipal de Educação de nossa cidade, tem que participar disto também.  

Mas, embora a infraestrutura para pedestres seja crítica, o obstáculo mais obstinado para caminhar até a escola pode ser os próprios motoristas. Levar as crianças à escola é parte de um quadro mais amplo, no qual uma geração de pais priorizou a estrutura e a supervisão na vida de seus filhos em detrimento da liberdade e da independência. Nós nos convencemos - e nossos filhos - de que eles estão melhor em uma bolha sobre rodas do que arriscar quaisquer variáveis que o mundo exterior possa lançar sobre eles.

Os resultados têm sido; crianças de 5 a 12 anos passam uma média diária de três horas em telas, enquanto apenas duas em cada cinco recebem a hora recomendada de atividade física diária. Um terço dos pais entrevistados citou a falta de "maturidade" de seus filhos como justificativa para levá-los à escola.

Maturidade pode ser promovida, mas não no banco de trás de um carro. Pois há pais que optam por conduzir os seus filhos até à escola - muitas vezes a uma distância inferior a 600 metros.

De quem é esse fracasso realmente?  - É importante lembrar que certos subconjuntos de crianças literalmente não têm escolha a não ser serem conduzidas: crianças com deficiência, ou frequentando programas especializados longe de casa, ou saltando entre pais separados que vivem fora da área de influência da escola.

As escolas devem reconsiderar programas como o da Alemanha, que levou algumas escolas a criar uma zona livre de carros de 450 metros ao seu redor, impulsionando as crianças que são levadas à escola para caminhar no último trecho.

Precisamos defender o design urbano inclusivo.

Outro projeto de demonstração para dar às comunidades uma noção do que é possível fazer. A rua em frente a uma escola será fechada para todo o tráfego veicular durante as horas de entrega e coleta, seguindo um modelo de Ruas de Escola desenvolvido na Grã-Bretanha.

Estamos tão acostumados a que as coisas sejam de certa forma, que aceitamos sem questionamento. Precisamos aumentar as expectativas. Precisamos ser lembrados dos benefícios de um mundo menos movido a carros.

Chegar lá exigirá um esforço por parte da cidade, escolas e pais. Se deixarmos de tratar os nossos filhos como uma preciosa carga nos bancos traseiros, dar-lhes-emos a oportunidade de serem participantes ativos no seu mundo - e de tornarem esse mundo um lugar mais habitável e animado.

Obrigado, e até o próximo.

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

# 147 Um Recado ao Executivo e Legislativo de PL

 Na condição de representante dos ciclistas de Pedro Leopoldo  faço um manifesto , na  intenção  de chamar a atenção da administração pública que até o momento  parece ignorar a importância da bicicleta no contexto urbano.     

 Existimos, mas não nos veem. Não importa onde moramos, mas somos muitos e cada vez em número maior. No mais das vezes, se moramos longe, não foi por escolha, mas por pura necessidade, e o transporte público cada vez mais caro, economizamos ao pedalar.

Nem sempre fazemos os trajetos mais seguros, mas os que ligam nossas moradias com os locais de trabalho, percorrendo distâncias que podem ser até de mais de 8 quilômetros apenas para bater o ponto às 4 horas da manhã ou às 22 horas, para turnos de 8, ou 12 horas. Somos alguns de nós que fazemos o pão vendido cedo nas padarias...que vigiamos ou construímos, muitos estabelecimentos e residências...

Nossos caminhos são os possíveis, não os desejados. Nossos bairros, possuem nenhuma estrutura cicloviaria e assim, corremos o risco de morrermos atropelados ou ficarmos com sequelas. Somos Invisíveis durante a vida, Invisibilizados na morte.   Dividimos espaço com caminhões, com ônibus e automóveis. Convivemos com a precariedade de forma permanente. Às vezes, tão calejados, acostumamos a ela.  Às vezes, tão sofridos, acreditamos que seja assim mesmo.

E somos em número cada vez maior. Pois para quem não recebe nem vale-transporte, ir de bicicleta pode economizar no mínimo, pelo menos umas 45 passagens de ônibus por mês. E isso vira leite ou roupa para os filhos. Vira cimento pra bater laje. Paga conta de luz e conta na farmácia. –

A pouca estrutura cicloviária que tínhamos há alguns anos atrás, não temos mais, devido a nenhuma manutenção. Somos tão Invisibilizados que não há qualquer discussão sobre isso.  Ninguém lembra de nós em nenhuma reunião.  Nas poucas ciclovias que foram feitas o cimento se desfaz, os buracos aparecem, o mato cresce e obstáculos diversos surgem a cada dia, e as mesmas não se ligam às centralidades às quais nos dirigimos, pois as ligações necessárias não foram feitas. Os caminhos para bicicletas desaparecem   E carros e caminhões invadem o nosso espaço.

E nada se discute sobre isso. Como sempre, isso não ocupa as discussões, pois não somos ouvidos e nem vistos. Para muitos não existimos.

Somos nós que nos nossos caminhos, dividimos espaço com os motorizados, uma vez que ciclovias não foram construídas. Somos nós que pedalamos pelos  bairros, onde não há ciclovias, mas há pistas rápidas e quase sempre sem acostamentos. Somos nós que pedalamos muito até chegar no centro da cidade ou em algum bairro distante do nosso. E por mais que gritemos, ninguém nos ouve. Ninguém quer nos ver. Ninguém se importa. Não valemos nada?  É isso? Nossas vidas não valem nada pois somos humildes ciclistas? Não valem nada, apenas por que usamos o transporte mais barato e menos danoso?

 Somos menos cidadãos por consumirmos menos, por utilizarmos a bicicleta para nos locomover? 

Não, senhores, somos cidadãos como todos os demais. E assim devemos ser lembrados nas políticas públicas de mobilidade.  Nossas vidas, importam Sim!  

Por isto estamos aqui,  na certeza que o nosso bjetivo seja alcançado pois é de vital importância   a reestruturação do espaço viário de nosso município, para a implantação de infraestruturas para as bicicletas conforme determina, a lei Federal de Mobilidade Urbana, 12.587/12,  que instituiu a Política Nacional de Mobilidade Urbana.  

Um estudo feito pela administração pública de PL, no  ano de 2015, por empresa especializada,  também contempla a implantação de ciclovias no município. Então, que se revitalizem as ligações para a estrutura  cicloviária outrora existente, e que se construam novas, para conectar todo o município, dando alternativa aos que assim desejarem, de utilizar a bicicleta como seu meio de transporte, economizando tempo, dinheiro e ganhando saúde.

Portanto, poder público de Pedro Leopoldo, abra os olhos e nos enxergue, tire os tampões dos ouvidos e nos ouça!  Nossas vidas importam sim!  Nós somos muito necessários para o desenvolvimento e sustentabilidade do município, pois se o transporte em duas rodas não fosse tão importante, Como  explicar a atual demanda pela bicicleta  no Brasil e no Mundo?  - .