# 98 -Que bom, se esse artigo já fizesse parte da realidade de Pedro Leopoldo.

Pedro Leopoldo/MG cria grupo de estudos para se tornar mais amigável às bicicletas e aos pedestres, melhorando a mobilidade urbana no município.

Paraciclos facilitam  adoção da bicicleta como meio de transporte. Paraciclos no centro da cidade 

 Foto: Paulo Pereira

Para fomentar a cultura da bicicleta e seu uso como meio de transporte, a prefeitura de Pedro Leopoldo (MG) criou, por meio do decreto 2.016, o Grupo de Estudos a Projetos Cicloviários, formado por técnicos das secretarias de Planejamento, Transportes e Obras.

A meta do plano municipal é melhorar a infraestrutura cicloviária, implantar estacionamentos para bicicletas (paraciclos e bicicletários) e, a bicicleta pública. De acordo com o secretário de Transportes, as ciclovias serão parte do conceito chamado “Circula PL” – que já inclui o transporte coletivo.

Segundo a prefeitura, o objetivo é chegar aos 12 km de ciclovias no curto prazo e 40 km no longo prazo, mesclando trechos de implantação própria do setor público com outros negociados como contrapartidas de novos empreendimentos privados. Apenas oito quilômetros foram construídos nos últimos anos – nas ruas Dr. Rivadávia e Agenor Teixeira Costa. (sem considerar que hoje estão completamente abandonadas e necessitando de uma reforma geral)

Está em estudo a implantação de ciclorrotas em vários pontos da cidade ainda este ano. E também há estudos de construção de ciclovias nas avenidas Romulo Joviano e Cel. Juventino Dias e Estrada do Coqueirinho, além é claro na principal via da cidade Rua Comendador Antonio Alves, semelhante a da foto abaixo, protegida por estacionamento de autos.

Ciclovia protegida por estacionamento

Também faz parte do estudo, implantar a lei da bicicleta no município a qual além de outras diretrizes, obrigará a qualquer benfeitoria feita na estrutura da malha rodoviária, uma implantação de estrutura cicloviária também, além de obrigar aos estabelecimentos comerciais de maior porte possuírem espaço e paraciclos para estacionamento das bicicletas.  

Intermodalidade

O trabalho do Grupo de Estudos a Projetos Cicloviários vai focar na conjunção da bicicleta com o projeto do ônibus para a região norte, que tem previsão de início de construção em julho desse ano. Estão previstas construções de bicicletários nos terminais e colocação de suportes nos ônibus para o transporte de bicicletas.

Resgate histórico

O grupo vai trabalhar também para realizar um resgate histórico do uso da bicicleta como mobilidade em Pedro Leopoldo, muito vista em especial nas antigas fábricas e seus enormes bicicletários, em sua fase operária ao longo do século XX. O deslocamento espacial das empresas e o aumento do trânsito nas ruas mudou esse cenário ao longo do tempo.

O grupo vai buscar referências em outras cidades do Brasil e do exterior para orientar a mudança de Pedro Leopoldo em direção a uma cidade mais amiga da bicicleta.

Reconhecimento da prioridade ao pedestre.

Aconteceu na Prefeitura Municipal, a licitação para Contratação de Empresa para executar obra de Requalificação de Calçadas, com passagens elevadas em pavimentação intertravada, em vários logradouros do município de Pedro Leopoldo.

Uma necessidade premente e constante na lei federal 12.587 de janeiro de 2012

Paulo Pereira Netto.

# 97 - A REALIZAÇÃO DE UM SONHO!

Presente de 15 anos do meu neto-Passeio Ciclistico às margens do Elba.

A caminho das margens do Elba.

Tudo na Alemanha nos surpreendeu. A afetividade e simpatia das pessoas, onde esperávamos frieza. A excelente qualidade das rotas ciclísticas. As maravilhosas tortas e suco de maçã e deliciosas cervejas.

Um povo divertido, que fala e ri alto. Gente como a gente, que oferece ajuda quando te vê na rua com o mapa na mão. Mas não se enganem, carregam zero de latinidade. Mas vibram e fazem barulho como nós, quando assistem ao jogo de sua seleção nacional.
A ordem e a disciplina dominam e impressionam. Tudo foi pensado e executado com precisão.

No que diz respeito às rotas ciclísticas, são de cair o queixo. Belas, seguras e quase sempre asfaltadas. Não um asfalto qualquer, mas aquele em que você desliza como se entre a roda e o chão não houvesse atrito.

Nos cruzamentos das cidades, a educação dos motoristas na conversão à direita, numa via compartilhada, sempre lhe dando a preferência.

 Os semáforos para bikes sempre posicionados na altura ideal. 
Os trens contam com vários vagões  para bicicletas.

Se eles pecam por algo, é por excesso. Como há ciclorrotas para todo e qualquer lugar, além das ciclovias locais, as placas às vezes podem ser confusas.

O que conheci foi uma Alemanha de lugares lindos, simples,  em que praticamente todos os mais jovens falavam inglês, mas ainda assim cheios de charme e humildade quando dizem que só falam um pouquinho do idioma internacional.

Foi também o país onde cruzei com mais pessoas viajando de bicicleta, e para minha surpresa, a maioria mais velhos  que eu, e bem mais educados também.

Pegamos uma balsa em que, além de nós, havia mais uns 20 ciclistas . Foi onde entendi a importância das bicicletas elétricas, o quanto elas são inclusivas. Pessoas que do contrário não optariam pela bike como meio de transporte hoje transitam para lá e para cá em duas rodas, e muitas se aventuram pelas ciclorrotas do país e além.

Na Alemanha,as rotas misturam um pouco de tudo, você atravessa fazendas de trigo, de maçã, de cerejas, de morangos e cidades pequenas bastantes floridas e encantadoras, florestas encantadas que te remetem às histórias que ouviu na infância, canais e rios.

Atravessamos um trecho bem longo onde dos dois lados havia uma reserva natural e florestas encantadoras.

Foram 03 dias, sendo 77 km pedalados, 63 km de trem e 30 km de caminhada pelas florestas e montanhas. 

Um pneu furado, muitas tortas de maçã, apfelschorle, bratzwurt, deliciosos sorvetes e inúmeros sorrisos pelo caminho.

Vivemos cada dia, consciente que cada momento, cada lugar, cada situação, seriam lembrados com saudade e carinho. E tiramos muitas fotos, fizemos muitos videos.

Escrevo este post para que sempre possamos lembrar destes momentos inesquecíveis ao lado de um amigo de verdade, que nos guiou e nos orientou com sua sabedoria e bom humor.




E foi debaixo de sol, calor e chuva que chegamos a uma cidadezinha no alto de uma montanha belíssima, onde caminhamos por uns 30km por entre florestas, para conhecer uma fortaleza medieval. 
Deixamos a Alemanha com a promessa de sempre que possível  voltar.

E agora em imagens e movimentos, instantes do passeio do nosso sonho

Texto e fotos de Paulo P. Netto