segunda-feira, 16 de junho de 2014

# 65- COMO TRATAR BEM SEUS PEDESTRES E MELHORAR A MOBILIDADE URBANA DA SUA CIDADE.


 Nas cidades europeias, os governantes já começam a considerar a mobilidade urbana partindo de um novo enfoque e buscando mais comodidade para o pedestre: passeios largos, sombreamento, bancos, pisos mais lisos e adequados para cadeirantes, carrinhos de bebê, patinetes, skates e patins.
Valorizam-se também o transporte coletivo e outros modos de transportes alternativos, suaves e não poluentes. O transporte individual motorizado é desestimulado com a redução de vagas para carros na parte central das cidades, ampliação de estacionamentos na periferia, restrição de velocidade nas áreas centrais e pistas com menos faixas para proporcionar a ampliação de passeios.
Toldos colocados nas ruas
Esse novo enfoque, denominado mobilidade urbana sustentável, pressupõe que o cidadão disponha de acessibilidade e deslocamentos com segurança, conforto, no menor tempo e com custos acessíveis. Além disso, significa buscar eficiência energética e impactos ambientais reduzidos.
Uma coisa impressionante, é a preocupação em dar conforto ao morador. Nas áreas centrais,  muita arborização, formando um cordão espaçoso de zonas sombreadas para a circulação de pedestres e ciclistas – e passeios largos.
Em todo lugar,  uma praça arborizada. Nos locais onde não existem árvores,  colocar toldos em lona semitransparente, dispostos de um lado ao outro da rua, para reduzir, consideravelmente, a luminosidade e o calor do sol.  Além disso, pode-se usar espelhos d’água, fontes, bebedouros e micro pulverizadores de água, para aumentar a umidade do ar e diminuir o calor escaldante.

O Plano de Mobilidade Urbana que sugiro para a nossa cidade é algo semelhante guardadas as devidas proporções entre as cidades Europeias e a nossa pequena mas simpática Pedro Leopoldo.

As zonas de pedestres terão muito movimento e vigor. Haverá muita gente nas ruas.(aumentando-se a segurança nas mesmas). Encontrar-se-ão muitos idosos, cadeirantes e famílias com crianças utilizando patinetes, patins ou skates. Muitos jovens pedalando em suas bicicletas.
Uma política que para dar certo terá o fomento ao uso da bicicleta, que se tornará um eixo da transformação do sistema de mobilidade na cidade mineira. Os governantes, deverão  além de inserir um transporte alternativo na cidade (bicicletas para aluguel), implantar 9 km de ciclovias e reformular 08 km de ciclovias existentes e abandonadas e as demais vias locais na cidade deverão serão devidamente sinalizadas para se tornarem vias compartilhadas com as bicicletas.


Serão removidas perto de 1 mil vagas de estacionamento de veículos e retirada uma das faixas do sistema viário-(com uso de vias com mão única, ao invés de dupla)- para ampliação dos passeios.
Essa infraestrutura está presente nas principais vias e deverá ser definida uma política de coexistência na via pública, com a restrição de veículos e a redução da velocidade deles, além de campanhas educativas. Os esforços para tornar a bicicleta uma alternativa de transporte sustentável e viável serão uma realidade em Pedro Leopoldo, que já integrou a bicicleta a sua paisagem urbana, e deseja obter um dos primeiros lugares no ranking das 20 cidades nacionais mais amigas da bicicleta.


Também há propostas que consideram o conforto e a segurança dos pedestres e, meios de transportes não poluentes. E, da mesma forma, há uma valorização do espaço público, o comércio de rua e as praças, buscando reduzir distâncias e obstáculos para o fluxo dos pedestres.





Haverá ainda a melhoria da pavimentação dos passeios,  instalação de mobiliário urbano para pedestres (bancos, sombreamento e arborização) e investimento em transporte  público de qualidade, na tentativa de reduzir o número de veículos individuais motorizados na cidade.


A implementação de políticas de mobilidade urbana, baseada em novos paradigmas, pressupõe a aplicação de novos conceitos, instrumentos e técnicas, mas acima de tudo é imperativo conquistar a sociedade para uma nova postura, novos hábitos e mudança no padrão comportamental. Exige conscientização e adesão coletiva às propostas.
Quando será que poderemos pensar em uma Pedro Leopoldo mais amigável para sua população e visitantes?

Fonte: Gardênia Oliveira David de Azevedo, a quem agradecemos pela consultoria.








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