domingo, 11 de setembro de 2016

# 108 A revolução da mobilidade urbana

Por um futuro com cidades pensadas para as pessoas e as bicicletas!

Cada passo, cada giro do pedal poupam quilos de carbono no ar, na água, no solo.

Alguém reconhece em nossa cidade  exemplos de implementação de medidas de restrição e controle de acesso ao automóvel? Entendo como tais medidas aquelas sugeridas como instrumentos de gestão pela da Lei da Mobilidade: fechamento de vias e faixas; tarifação pelo acesso a áreas urbanas; reforma viária priorizando pedestres, ciclistas e o transporte público coletivo; desenho urbano orientado a pedestres, ciclistas e o transporte público coletivo; restrição e controle de estacionamento em via pública etc.
Podemos nos surpreender com uma pequena mudança de hábito no nosso dia. Sair da zona de conforto, pensar no outro e no meio ambiente, pode nos fazer descobrir um mundo novo, na nossa própria cidade e dentro de nós mesmos, ou fazer descobrir um mundo novo na nossa própria cidade e dentro de nós mesmos.
Sim, se há salvação para nossas cidades, elas passam pela bicicleta, pela captação de água de chuva, pelo reuso de água e etc. ou isso talvez seja só uma forma de dizer que algumas das minhas ideias sejam meio europeias ou moderninhas  demais, mas o mundo é outra coisa, não é o que estamos acostumados a vivenciar por aqui, pedalemos, pois.
São Paulo, tem 4.600 mortos ao ano em razão da poluição produzida por veículos automotores.  Pessoas passam 3 noites fora da mancha urbana e basta uma noite na mancha urbana, em  casa para o corpo reagir à volta da poluição. tosse, rouquidão, espirros, o escambau, isso não é resfriado, não é gripe  todo alérgico conhece bem seus próprios sintomas , conhece bem seu corpo,
Em nome de la dolce vita daqueles que não largam o carro nem a pau, não há bem viver para ninguém.
É aí que a bicicleta entra na equação. bicicleta está no campo do bem viver. pois pedalar é saudável. mas não apenas isso. melhora o humor, e mais: faz tudo isso sem contribuir para essas 4.600 mortes anuais e para o mal-estar de uma quantidade talvez 100 vezes maior de cidadãos – o que me inclui.
Então, o cidadão que pedala usa menos o sistema de saúde, trabalha melhor, convive melhor, e não causa danos. Isso é  viver bem.  
Basta perceber que a popularização do automóvel, cuja posse está cada vez mais democratizada, transformou nossas vidas em verdadeiros infernos poluídos. Bem viver é ter onde morar sem ser ameaçado o tempo todo, é ter acesso à água e ao alimento, é por estar limpo, é poder pertencer a um meio, a participar das trocas, materiais e imateriais que uma comunidade permite, pois são bens que precisamos para viver: o alimento e o afeto, o corpo e o espírito.
Viver bem é assumir que a vida pode ser boa, num mundo mais justo, é sim você ter menos incômodos em sua vida. É não viver estressado, é comer bem, é ter saúde e, sobretudo, ter uma vida desacelerada. Usar bicicleta, como transporte, ou como lazer, é outra coisa, é viver bem, como aprendí, nesses últimos anos.


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